Pelo menos 15 pessoas foram detidas esta terça-feira, no Grande Porto, por furtos a casas e locais de comércio, numa megaoperação da GNR que envolveu mais de 300 agentes. Entre as apreensões, diversos alimentos, desde picanha, a camarão, que seriam para vender a um restaurante em Penafiel.

A operação investiga cerca de 30 suspeitos, muitos deles com relações familiares, “muito bem organizados”, segundo explicou o tenente-coronel Adriano Resende, relações públicas da GNR de Viseu. “Tinham uma estrutura muito bem definida. No dia dos furtos havia recetadores que os introduziam nos circuitos comerciais”, disse. “Estamos a falar de roupa, relógios, playstation, tudo o que fosse fácil de furtar, dissimular e depois vender. Estamos a falar também de bens alimentares, picanha, polvo, bacalhau, camarão, salmão”
No total, são conhecidos, até agora, 57 furtos a residências e 94 a estabelecimentos comerciais, disse o responsável.
A GNR realizou 17 buscas domiciliárias e 16 buscas não domiciliária nos concelhos onde residirão os elementos da rede criminosa que se dedicava a furtos a residências e a estabelecimentos comerciais em todo o país. Foram apreendidas 29 munições, um quilo de ouro, haxixe, três veículos, 20 mil euros em dinheiro vivo, 50 euros em notas falsas, uma quantidade por especificar de peças de roupa, bijuteria, relógios de marca e equipamento informático”, além dos alimentos.
Um restaurante de Penafiel foi um dos alvos da operação da GNR. As autoridades suspeitam que a organização furtava diversos produtos alimentares para depois a vender a este restaurante.
A operação denominada “Cleaner” começou há mais de um ano, em Viseu, espalhando-se ao resto do país, uma vez que o grupo atuava “em todo o território nacional, apesar de estar mais focada na região do Centro e Sul, nos distritos de Beja, Faro e Setúbal”. Na investigação estão envolvidos elementos da GNR, PSP, ASAE e Autoridade Tributária.