Governo aprova despesa de 527,3 milhões de euros para linha do metro de Lisboa. A Linha Violeta do Metro de Lisboa, que vai ligar Loures a Odivelas, vai contar com financiamento de 390 milhões de euros através do Plano de Recuperação e Resiliência. Terá 17 estações, entre as quais uma ligação ao Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
A poucas semanas da exoneração, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, a despesa de 527,3 milhões para financiar a construção da Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, que vai ligar à superfície os concelhos de Loures e Odivelas.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática esclarece que do total de 527,3 milhões de euros em investimento, 390 milhões vão ser suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, na modalidade de empréstimo, a que se somam 137,3 milhões do Orçamento do Estado para 2024.
A Linha Violeta, que deverá ficar concluída até 2026, é um sistema de metro ligeiro de superfície que contará com um total de 17 estações e cerca de 11,5 km de extensão. No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de 6,4 km.
No concelho de Odivelas serão construídas oito estações que vão servir as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 km.
“O investimento engloba a conceção e a construção da infraestrutura ferroviária e o fornecimento de material circulante, bem como o reordenamento urbano envolvente no território dos dois municípios servidos, Loures e Odivelas”, lê-se ainda no comunicado.
Alteração do traçado
Uma aprovação que surge poucos dias depois de o Governo ter anunciado uma derrapagem nas contas iniciais. O secretário de Estado da Mobilidade Urbana disse que a futura linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, que irá ligar à superfície, os concelhos de Loures e Odivelas, vai sofrer uma alteração de traçado devido à topografia do terreno.
De acordo com Jorge Delgado, que falou aos deputados na Assembleia da República, no âmbito do debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024, a construção desta linha tinha um “valor previsto no Plano Recuperação e Resiliência de 250 milhões”, estando idealizada uma solução de metro de superfície, “feito à superfície”.
De acordo com as declarações do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, concluiu-se que não era possível fazer a linha toda à superfície como inicialmente previsto, pelo que parte significativa terá de ser feita em túnel.
Jorge Delgado indicou também que o Governo conseguiu aumentar o valor do projeto para 390 milhões de euros há um mês e meio, quando a reprogramação do PRR foi aprovada, “passando de fundos para empréstimos”. Indicou ainda que estava previsto que os municípios de Loures e Odivelas participassem financeiramente nas obras complementares ao metro, mas os mesmos manifestaram dificuldades em assumir essa despesa.
Ligação ao hospital Beatriz Ângelo
A nova linha terá ligação à linha amarela, que vai de Odivelas à estação do Rato, em Lisboa. De acordo com o Metro de Lisboa, “promoverá uma ligação rápida e estruturante entre os importantes polos de Loures e Odivelas, estendendo-se num corredor em “C”, ligando o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado, com transbordo e interface para Lisboa na estação de metro de Odivelas”. Terá 17 estações e cerca de 11,5 km de extensão: 9 ficarão no concelho de Loures, nas freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas numa extensão de cerca de 6,4 km, e 8 no concelho de Odivelas nas freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças numa extensão total de cerca de 5,1 km.
As estações terão diferentes tipologias (12 de superfície, 3 subterrâneas e 2 semi-enterradas), acrescenta ainda o Metro de Lisboa.