A intenção do Governo vir a monitorizar as redes sociais foi revelada pela Secretaria de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, numa entrevista ao jornal Ação Socialista. A ideia recebeu de imediato uma chuva de críticas que vêm uma forma de censura política.
Isabel Oneto, referiu-se em particular ao acesso de crianças e jovens às redes sociais porque passam demasiado tempo online. “É preciso monitorizar, é preciso acompanhar. As crianças e jovens não podem estar tanto tempo online nas redes “, disse a governante, alegando que “é pelas redes sociais que o discurso do ódio e radicalização é feita”.
Isabel Oneto salientou: “o digital está a mudar as nossas vidas e por isso temos que perceber os efeitos que daí advêm para tomar medidas”.
Este discurso pode ser apenas uma ideia generalista mas fez soar campainhas, precisamente nas redes sociais.
A palavra “monitorização”, usada pela governante foi entendida como “censura“.
Na reação pode ler-se que “vem aí a nova Pide”, é o regresso do Lapis Azul” ou “querem calar a opinião do povo”. Mas, as críticas também atacaram o Governo que “já tem uma vasta equipa de assessores a trabalhar na monitorização do que se comenta, a nível político, nas redes sociais”, bem como também “usa e abusa das redes sociais para fazer propaganda da ação governativa”.
O tema promete polémica, apesar da Secretaria de Estado da Administração Interna não ter concretizado quais a medidas que o Governo tenciona criar para “monitorizar” o que se escreve ou coloca em vídeo e fotografias nas várias redes sociais.