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Greve na CP com “fortes perturbações” na circulação de comboios esta segunda-feira

Treze estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da CP acusam a empresa de ter voltado atrás nas negociações com a justificação de que o Governo não autorizou a proposta que a transportadora iria assinar com os trabalhadores. Executivo justifica-se com a falta de poder de um Governo de gestão. A CP informou, entretanto, que a circulação de comboios deverá ter “fortes perturbações” na segunda-feira devido à greve de 24 horas convocada para o dia 28 de abril, alertando para a possibilidade de a paralisação poder ter impacto na operação já a partir deste domingo e prolongar-se até terça-feira. A empresa adianta que “para esta greve, não foram definidos serviços mínimos”

A circulação de comboios da CP – Comboios de Portugal deverá ter “fortes perturbações” na segunda-feira devido à greve convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que pode ter impacto na operação a partir deste domingo.

“Por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, preveem-se fortes perturbações na circulação no dia 28 de abril de 2025”, indicou a CP, adiantando que “para esta greve, não foram definidos serviços mínimos”.

Segundo a empresa, as perturbações na circulação podem sentir-se a partir deste domingo e prolongar-se na terça-feira. Por seu turno, o sindicato explica que decidiu convocar uma greve com o objetivo de reivindicar melhores condições salariais para todos os Trabalhadores da empresa.

“Após exaustivas negociações com a administração da CP – Comboios de Portugal, foi possível chegar a um acordo satisfatório em relação aos aumentos salariais para o ano em curso”, mas este acordo “aguarda deferimento por parte das tutelas governativas desde fevereiro de 2025”, adianta em comunicado o SFRCI.

Os representantes dos trabalhadores dão conta de que houve uma reunião no sábado à tarde entre a CP e os sindicatos, na qual “o presidente da administração da CP informou todas as organizações sindicais de que o governo não autorizou a administração a aplicar a última proposta” apresentada.

Segundo os sindicatos, trata-se de um “processo inédito”, já que a administração tinha apresentado uma contraproposta na quinta-feira para, dois dias depois, “dar o dito por não dito” e retirar essa proposta da mesa das negociações.

Sindicatos estiveram disponíveis para aceitar propostas

As estruturas sindicais afirmam que estavam “dispostas a aceitar” as condições da proposta apresentada pela empresa na quinta-feira, e que poderia ser “um passo importante para a solução de um problema estrutural na CP”, mas que agora a situação é de não haver qualquer acordo.

“O presidente da administração informou os sindicatos, na reunião de sábado, que o Governo recusou a proposta com o argumento de se encontrarem em gestão e não poderem autorizar as medidas previstas no acordo”, lê-se no comunicado conjunto.

A Lusa contactou a CP e o Ministério das Infraestruturas e Habitação, mas só obteve uma curta resposta por parte do ministério de Miguel Pinto Luz, que confirmou que a proposta da empresa “não é enquadrável no âmbito das competências de um Governo em gestão”.

Diz ainda que a proposta em causa mereceu “a melhor atenção” e felicitam “o espírito colaborativo em que decorreram as negociações e que permitiram o encontro de soluções comummente aceites”.

Na mesma nota enviada aos órgãos de Comunicação Social, a CP lembra, “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional” que permitirá “o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

Este reembolso ou troca podem ser efetuados ‘online’ “até aos 15 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras”.

Passado este prazo, e até 10 dias após terminada a greve, indicou, “pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de contacto ‘online’ ‘reembolso por atraso ou supressão’, com o envio da digitalização do original do bilhete”.

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