A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, lançou um novo desafio ao seu adversário republicano, Donald Trump, propondo um debate a 23 de outubro, numa transmissão pela CNN. A proposta surge a menos de duas semanas das eleições presidenciais de 5 de novembro, num momento em que os dois candidatos estão praticamente empatados nas sondagens, especialmente nos sete estados-chave que poderão decidir o futuro ocupante da Casa Branca.
Apesar de a maioria das sondagens apontar para uma vitória clara de Harris no debate anterior, realizado a 10 de setembro, Trump manteve uma postura combativa, rejeitando ter sido derrotado e afirmando que dominou o confronto. Acrescentou ainda críticas aos moderadores do debate, acusando-os de imparcialidade. No entanto, em meados deste mês, o ex-presidente declarou que não participaria em mais debates durante a campanha, pondo em causa a utilidade de novos encontros frente a frente.
A campanha de Harris, no entanto, reiterou a prontidão da vice-presidente em enfrentar Trump novamente no palco, considerando o debate como uma oportunidade crucial para os eleitores verem as diferenças entre os dois candidatos. “A vice-Presidente Harris está pronta para enfrentar Donald Trump mais uma vez”, anunciou a sua equipa de campanha em comunicado, sublinhando a importância deste novo debate numa fase decisiva da corrida eleitoral.
Enquanto a votação presencial antecipada já começou em três estados – Minnesota, Dakota do Sul e Virgínia –, marcando o arranque oficial de seis semanas de intensa atividade eleitoral, Trump continua em campanha em estados fundamentais como a Carolina do Norte, numa tentativa de garantir apoio decisivo nos últimos dias da corrida.
O ambiente político nos Estados Unidos continua agitado após um verão tumultuoso, que culminou na retirada do atual Presidente, Joe Biden, da candidatura à reeleição, e a consequente substituição pela sua vice-presidente, Kamala Harris, como a aposta dos democratas para o escrutínio de novembro. As próximas semanas prometem ser decisivas, com ambos os candidatos a procurarem consolidar apoios num contexto de elevada incerteza e divisão entre os eleitores.