Henrique Paiva Couceiro nasceu em Lisboa no dia 30 de Dezembro de 1861 e faleceu em Lisboa no dia 11 de Fevereiro de 1944.
Henrique Paiva Couceiro foi um militar e político, que fez os estudos preparatórios em Lisboa, aos 17 anos assentou praça como voluntário no Regimento de Cavalaria de Lanceiros de El-Rei Dom Luís I.
Em 1880, sai do Regimento de Cavalaria de Lanceiros de El-Rei e entra no Regimento de Artilharia nº1 como Aspirante, frequentou o curso preparatório da arma de Artilharia na Escola Politécnica de Lisboa; entre 1881 e 1884, esteve na Escola do Exército onde esteve em Artilharia; em 1889, vai para Angola onde participa em campanhas militares e foi nomeado comandante do Esquadrão Irregular de Cavalaria da Humpata; entre 1889 e 1891, participou na Campanha de Pacificação de Angola; também recebeu em 1891 o grau de Cavaleiro da Torre e Espada, nesses mesmo ano vai para Santarém e fica no Regimento de Artilharia 3 e depois vai para o Regimento de Artilharia 1 em Lisboa; em 1893, esteve ao serviço na Legião Estrangeira do Exército Espanhol, participando em várias campanhas militares e sendo condecorado; em 1895, vai para Moçambique como ajudante de campo do governador António Enes, após diversas campanhas militares é condecorado como Cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis. Após terminar as operações de pacificação, é capturado e preso o Imperador Gungunhana, regressa a Lisboa é novamente condecorado: Benemérito da Pátria, Comendador de Torre e Espada e Ajudante de Campo Honorário do Rei Dom Carlos I; em 1901, vai novamente para Angola, dirigiu os trabalhos preparatórios de construção de linhas férreas nessa nação africana.
Henrique Paiva Couceiro, após o regresso de Angola (segunda vez), escreveu vários artigos sobre política do ultramar e sobre política em geral, estava descontente com o parlamentarismo e rotativismo. Entre 1906 e 1907 foi eleito pelo Partido Regenerador-Liberal de João Franco, sendo eleito pelo círculo de Lisboa Oriental, voltou a Angola com a patente de Capitão para governador da província ultramarina; em 1909 regressa novamente a Portugal Continental; em 1910, defende o regime Monárquico do golpe traiçoeiro dos republicanos (eram poucos, apenas concentrados em Lisboa e aproveitando-se da instabilidade política e do regicídio ocorrido em 1908).
Henrique Paiva Couceiro chefiou duas incursões monárquicas em 1911 e 1912 (eram organizadas na Galiza – Espanha), com objectivo de restaurar o regime monárquico; em 1919, com a insurreição monárquica, Monarquia do Norte, organiza um pequeno Estado no Porto, com apenas a duração de algumas semanas. Com a derrota da Monarquia do Norte, Paiva Couceiro vai para o exílio em Madrid; em 1924, é amnistiado e regressa a Portugal; em 1935, é novamente exilado pela crítica ao novo regime do Estado Novo (II República), por criticar de forma pública a política do Ultramar; em 1937, volta a criticar a política ultramarina do regime, e com esta situação é preso e condenado a dois anos de exílio forçado; em 1939, regressa a Portugal sob a autorização do Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar.