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Herdade do Ribeiro do Freixo, em Idanha-a-Nova, está ao abandono

Projectos ditos “inovadores e muito tecnológicos” de Armindo Jacinto são inimigos dos agricultores do concelho

Apresentei recentemente aquele que julgo ser um projecto inovador para a freguesia de Ladoeiro, que tenciono concretizar se os idanhenses me derem a oportunidade de demonstrar que é possível fazer mais e melhor pelo nosso concelho, e decidirem depositar em mim e na minha equipa a confiança necessária para assumirmos a liderança da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, já em 2025. Falo das Hortas Sociais do Ladoeiro, ideia que repete um modelo que atingiu um sucesso inquestionável em Castelo Branco e que por isso mesmo servirá de orientação ao projecto a instalar na antiga Quinta do Sr. Miraltino Gardete, hoje património municipal.

Mas se o projecto do Ladoeiro visa sobretudo a pequena agricultura, amiga do ambiente e herdeira da tradição, assumindo-se como um complemento para as economias domésticas, quero hoje divulgar um projecto vocacionado para a agricultura empresarial, destinado aos pequenos e médios agricultores do concelho, em particular aos jovens empresários agrícolas, que queremos implementar numa herdade que faz parte do domínio privado do Estado, e que há anos confrangedoramente foi votada a um perfeito e completo abandono por Armindo Jacinto. Falo da Herdade do Ribeiro do Freixo, sita na União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, e que está inserida no perímetro de rega do Aproveitamento Hidroagrícola da Campina de Idanha-a-Nova.

Esta herdade, com cerca de 320 hectares, cuja disponibilização na Bolsa de Terras esteve prevista, para ajudar à instalação de agricultores que carecessem de terra para prosseguir a sua actividade, nunca chegou a ser colocada à disposição dos interessados. E isto porque, ao contrário de desenvolver políticas vocacionadas para as reais necessidades e interesses legítimos dos idanhenses, e por isso mesmo ter defendido, junto do Estado, o arrendamento desta Herdade aos agricultores do concelho, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, sob a gestão socialista de Armindo Jacinto, decidiu, ela própria, exercendo o seu magistério de influência, chamar a si a sua gestão. Para fazer o que? Rigorosamente nada!

Em 2015, com pompa e circunstância, Armindo Jacinto anunciou, nos jornais locais, que a autarquia estava a colaborar com um projecto inovador e muito tecnológico, com um investimento de cinco milhões de euros, que iria ser construído na Herdade do Ribeiro de Freixo, deixando claro o seu desacordo com a possibilidade de aquelas terras serem postas à disposição dos agricultores do concelho. Mais tarde, e sendo evidente que o tal projecto inovador e muito tecnológico para o Ribeiro do Freixo não passou do papel, Armindo Jacinto demonstrou igual insensibilidade pelos agricultores e pelos idanhenses, não admitindo que a Herdade fosse colocada no mercado de arrendamento.

Pelo contrário, decidiu incluir aquela área, que daria para se instalarem nunca menos de 10 agricultores, num projecto dito arrojado e inovador, ao qual atribuiu o pedante nome de Green Valley Food Lab, que agrega cerca de 800 hectares de terreno e infraestruturas, designadamente as propriedades do Couto da Várzea, Ribeiro do Freixo e Lombas e ainda o Centro Logístico Agroalimentar do Ladoeiro. Porém, de tão inovador e arrojado que é este projecto, a verdade é que em todos estes anos nada foi feito de concreto na Herdade do Ribeiro do Freixo. Rigorosamente nada! O que é tanto mais grave quando é certo que existe uma manifesta carência de terra disponível no mercado de arrendamento na área do regadio, em grande medida motivada pelos recentes investimentos realizados por grandes grupos económicos, na instalação de culturas

permanentes. Justamente por isso, quero reverter essa situação, e, na medida do que estiver ao alcance da autarquia, tenciono fazer com que os 320 hectares do Ribeiro do Freixo, aproveitando a dinâmica empresarial actualmente existente no regadio, sejam directamente explorados pelos nossos agricultores. Os ditos projectos “inovadores e muito tecnológicos” de Armindo Jacinto são inimigos dos agricultores do concelho, e por isso vamos acabar com eles, logo que a nossa equipa assuma a liderança da autarquia.

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Pedro Rego
Pedro Rego
Advogado. Escreve artigos sobre diversas temáticas para o jornal ORegiões.

2 COMENTÁRIOS

  1. Mais uma vez o candidato à presidência da CM de Idanha -a-Nova, acerta na mouche ao criticar os projectos megalómanos falhados da gestão socialista.
    Se assim não é, que venham os visados, democraticamente, infirmar os factos e considerações veiculados neste artigo.

  2. Não conheço nenhum idanheçe que não tenha o seu bocadinho de terra e já não tem força para cultivar ! A não ser que venha mais alguns chamuças ??

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