O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, anunciou, em Braga, durante a abertura do Conselho Nacional do partido, a intenção de reduzir os impostos sobre as famílias e as empresas como parte de uma estratégia para quebrar a atual estagnação económica de Portugal. Esta medida visa, segundo o líder da IL, fomentar o crescimento económico e proporcionar uma maior liberdade financeira aos cidadãos e empreendedores.
Na sua intervenção, Rui Rocha acusou o atual Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) de ter agravado ainda mais a carga fiscal no país, um cenário que, segundo o dirigente, já se manifestava com os governos de António Costa. “Os dados da carga fiscal de 2024 mostram que, ao contrário do que era prometido, a carga fiscal subiu ainda mais. A realidade é que, com os governos de António Costa, a carga fiscal atingiu níveis recorde e, agora, a AD continua o mesmo caminho”, afirmou Rui Rocha, reforçando que a única alternativa verdadeira é a proposta da IL de baixar os impostos e promover mais liberdade económica.
A proposta de ruptura com o status quo
Rui Rocha fez uma clara crítica ao papel do Estado na economia, considerando-o um obstáculo ao desenvolvimento das pessoas e das empresas devido à burocracia excessiva e à elevada carga fiscal. “O Estado sempre impediu o crescimento e a liberdade económica dos cidadãos e das empresas. A IL é a única força política que propõe uma mudança real”, sublinhou, referindo-se à inação do Governo da Aliança Democrática em reverter o quadro económico adverso.
No seu discurso, Rui Rocha afirmou que o foco da Iniciativa Liberal não são “as pequenas disputas políticas”, mas sim o bem-estar dos cidadãos. Em clara alusão à oposição, o líder da IL afirmou: “Falam dos casos de Luís Montenegro e eu quero falar da vida dos portugueses. Falam das empresas de Luís Montenegro e eu quero falar do crescimento das empresas portuguesas. Falam do dinheiro de Luís Montenegro e eu quero falar de quanto fica no bolso dos portugueses ao final do mês.”
Modernização do Estado e valorização do mérito
Além da redução da carga fiscal, Rui Rocha destacou a importância da modernização do Estado, defendendo um sistema mais eficiente, ágil e transparente. Para o líder da IL, o atual modelo burocrático e ineficaz impede o progresso do país e dos seus cidadãos. “Um Estado pesado impede-nos de caminhar mais rápido. Queremos trazer eficácia ao Estado português, tornando-o mais leve e ágil”, afirmou, acrescentando que a reforma do setor público também implica uma valorização do mérito.
Neste contexto, Rui Rocha sublinhou a necessidade de uma avaliação mais rigorosa do desempenho dos funcionários públicos. “Os funcionários públicos devem ser avaliados com base nas suas competências e resultados. Aqueles que entregam bons resultados não podem ser tratados da mesma forma que aqueles que nada fazem”, frisou, propondo um sistema que premie o mérito e incentive a excelência no serviço público.
A vitória nas legislativas de maio
Rui Rocha revelou que a Iniciativa Liberal pretende vencer as eleições legislativas de 18 de maio com base nas suas propostas e na força das suas ideias, não recorrendo à falha das outras forças políticas. “Quero ganhar as eleições pelo mérito da nossa proposta, pelas nossas pessoas e pela nossa visão para o país. Não precisamos de focar nas falhas dos outros para vencer. Temos o melhor programa eleitoral e as melhores soluções para o futuro de Portugal”, afirmou com convicção.
Por fim, Rui Rocha destacou a sua candidatura pelo círculo de Braga, cidade de onde é natural, e reforçou a confiança de que, nas próximas legislativas, o voto dos portugueses será “liberal” e direcionado para um futuro de maior prosperidade e liberdade económica.
A Iniciativa Liberal prepara-se, assim, para uma campanha eleitoral focada em propostas concretas e numa visão reformista que visa uma profunda mudança no modelo económico e institucional do país, com o objetivo de garantir um futuro mais promissor para todos os cidadãos.
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