A investigação ao alegado ‘saco azul’ da Câmara de Lisboa, enquanto presidida por Fernando Medina, tem já seis arguidos.
São três sociedades e os respetivos titulares em investigação, entre as quais estará a empresa de Joaquim Morão, ex-presidente das câmaras de Idanha-a-Nova e Castelo Branco. As outras duas empresas serão de António Realinho, empresário da beira-baixa e amigo de Morão. Realinho já cumpriu pena de prisão por burla e que, na altura dos «acontecimentos» já estava a ser julgado por suspeitas de corrupção e falsificação de documentos.
O esquema envolve a Câmara de Lisboa entre os anos de 2015 e 2016, na altura em que António Costa saiu e Fernando Medina assumiu a presidência da autarquia.
Através de um despacho assinado por Fernando Medina, em 2015 foi nomeada uma empresa de Joaquim Morão para consultoria das obras de requalificação da cidade.
Em causa, estão desde logo a viciação das regras na contratação do histórico do PS de Castelo Branco com vista à gestão das obras públicas na capital, o comendador Joaquim Morão, que em tempos foi considerado «autarca modelo» do PS.
O Ministério Público acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis.
A PJ já fez buscas ao departamento de Urbanismo Câmara de Lisboa, aos domicílios e empresas dos dois empresários de Castelo Branco, suspeitos de participarem num esquema de angariação de fundos para estruturas do Partido Socialista.
O actual Ministro das Finanças, Fernando Medina, então presidente da autarquia, já foi questionado para explicar o conhecimento que tinha da contratação que assinou por dezenas de milhares de euros.
Medina confirma a contratação de Joaquim Morão mas afirma não ter “conhecimento de qualquer investigação sobre o tema referido.