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Israel Ataca Base do Hezbollah no Sul do Líbano Após Início de Cessar-Fogo

O exército israelita anunciou ter realizado um ataque aéreo contra uma instalação do grupo xiita libanês Hezbollah no sul do Líbano, apenas um dia após o início do cessar-fogo de 60 dias mediado pelos Estados Unidos e pela França.

Num comunicado, o exército de Israel justificou a operação afirmando ter “identificado atividades terroristas” numa “instalação utilizada pelo Hezbollah para armazenar ‘rockets’ de médio alcance”. Segundo as forças armadas israelitas, a ameaça foi “frustrada” com o uso de um avião militar.

O cessar-fogo, que entrou em vigor às 04:00 locais de quarta-feira (02:00 em Lisboa), pretende interromper um conflito que já dura há mais de um ano e causou, até agora, pelo menos 3.823 mortos, sobretudo desde o final de setembro. O acordo estabelece que o exército israelita deve retirar-se gradualmente do Líbano num prazo de 60 dias. Por outro lado, o Hezbollah compromete-se a recuar para norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira, e a desmantelar a sua infraestrutura militar na zona tampão, que será patrulhada por tropas libanesas e forças de manutenção da paz da ONU.

Apesar do cessar-fogo, Israel advertiu que continuará a atacar posições do Hezbollah caso o grupo xiita pró-iraniano viole os termos da trégua. A população libanesa foi aconselhada a não regressar às zonas ainda ocupadas por tropas israelitas.

A escalada de violência entre o Hezbollah e Israel insere-se num contexto mais amplo de conflito na região, iniciado a 7 de outubro de 2023, quando o movimento islamista palestiniano Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, resultando em cerca de 1.200 mortos e 250 reféns. Israel retaliou com intensos ataques aéreos, o que desencadeou uma resposta do Hezbollah no norte.

Segundo as autoridades libanesas, mais de 3.800 pessoas perderam a vida no Líbano, muitas das quais civis, devido ao confronto. Em Israel, os combates causaram a morte de mais de 70 pessoas, incluindo dezenas de soldados.

Enquanto a trégua tenta impor alguma estabilidade no sul do Líbano, a guerra na Faixa de Gaza continua, já tendo provocado cerca de 44.300 mortos, sem qualquer solução à vista.

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