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Já estamos habituados: custo de vida continua a aumentar

Em janeiro, os juros no crédito à habitação em Portugal subiram para 4,657%, renovando um novo máximo desde março de 2009. Contudo, em relação aos contratos recentes, a taxa de juro desceu em comparação com dezembro. Segundo o indicador de clima económico, o INE revela que os preços no consumidor aceleraram para 2,3%. Ou seja, o custo de vida vai continuar a aumentar…

O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre novembro e janeiro, e os preços no consumidor aceleraram para 2,3% em janeiro, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a “Síntese Económica de Conjuntura” do INE, na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica aumentou de forma menos intensa em dezembro, tendo o indicador de consumo privado acelerado e o indicador de investimento apresentado uma diminuição em termos homólogos.

O indicador quantitativo de consumo privado acelerou em novembro e dezembro, após ter desacelerado no mês anterior, e o indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro e janeiro, após ter diminuído nos quatro meses anteriores.

Quanto ao investimento, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) diminuiu, em termos homólogos, em dezembro, após oito meses de taxas de variação positivas.

Segundo o instituto estatístico, os indicadores de curto prazo, disponíveis para dezembro, revelam uma aceleração real na construção e uma diminuição na indústria e nos serviços.

O índice de produção na construção acelerou para uma variação homóloga de 5,5% em dezembro, após ter aumentado 5% no mês anterior, sendo que, no quarto trimestre de 2023, aquele índice aumentou 5,4% (5,7% no trimestre precedente) e no total do ano de 2023 verificou-se um aumento de 5,8%, acelerando significativamente face a 2022 (2,3%).

Juros no crédito à habitação desceram nos contratos mais recentes

Contudo, segundo os dados do INE, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal voltou a subir em janeiro, para 4,657%, renovando um novo máximo desde março de 2009. Todavia, para quem contratou um empréstimo mais recentemente, a taxa de juro está mais baixa, mostram os dados do INE, divulgados esta segunda-feira.

A taxa de juro subiu 6,4 pontos-base (0,064 pontos percentuais) face a dezembro e atingiu o valor mais alto desde março de 2009. Desde abril do ano passado que esta taxa sobe todos os meses.

Mas se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro é mais baixa, tendo descido, em comparação com dezembro. Segundo o gabinete estatístico, para estes contratos, “a taxa de juro desceu pela terceira vez consecutiva, passando de 4,342% em dezembro de 2023 para 4,315% em janeiro de 2024”.

A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro subiu para 4,623%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se nos 4,297%, inferior à registada em dezembro.

A prestação média subiu para 404 euros, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009). Este valor representa mais 4 euros que em dezembro de 2023 e mais 89 euros que em janeiro de 2023. Dos 404 euros, 248 euros (61%) correspondem a pagamento de juros e 156 euros (39%) a capital amortizado.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 12 euros face ao mês anterior, para 639 euros em janeiro de 2024.

O INE indica ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 193 euros, fixando-se em 64.790 euros. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 125.210 euros, mais 718 euros que em outubro.

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