Técnico superior da Câmara Municipal de Lisboa, o albicastrense João Valente é um homem apostado no desenvolvimento de Castelo Branco e, por isso, aceitou de bom grado o cargo de vogal da distrital da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, uma das mais antigas associações cívicas portuguesas, que continua a ser uma escola de cidadania e de promoção do desenvolvimento económico.
João Valente não nasceu em Lisboa, mas o seu nome está presente na vida da cidade. Desde os finais dos anos 80 que se mudou de armas e bagagens para a capital, ingressando nos quadros da Câmara Municipal de Lisboa, onde desenvolveu várias atividades de assessoria.
Privou com todos os presidente eleitos da autarquia lisboeta, tendo sido companheiro de ”route” de Nuno Krus Abecasis (1980–1990), Jorge Sampaio (1990–1995), João Soares (1995–2002), Santana Lopes (2002–2004), Carmona Rodrigues (2004–2005), Santana Lopes (2ª vez de março de 2005 a outubro de 2005), Carmona Rodrigues (2ª vez de de outubro de 2005 a maio de 2007), António Costa (2007–2015), Fernando de Medina (2015–2021) e, agora, com Carlos Moedas. Pelo meio teve tempo para ser assessor, entre 2005 e 2009, do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, no XVII Governo Constitucional de José Sócrates.
Albicastrense de gema, João Valente migrou para a capital aos 24 anos, em busca de um sonho: melhor oportunidade de trabalho, educação, segurança e, no fundo, de qualidade de vida.
Licenciado em Estudos europeus e Relações Internacionais e com duas graduações, uma em Ciências Políticas e outra em Gestão de Empresas Desportivas (com estágio no Real Madrid), João Valente foi, na sua adolescência, um promissor jogador de futebol no desportivo de Castelo Branco, mas o amor pelo andebol levou a ingressar no Benfica de Castelo Branco (BCB), tendo feito parte da equipa maravilha, formada há 50 anos, que levou o clube à primeira divisão da liga de andebol há quatro décadas. A equipa foi recentemente homenageada pela autarquia.
Nos ”entretantos”, aos 19 anos, foi músico – vocalista – nas bandas Feedback e Contraponto. Passados esses ”tempos de ouro” da juventude, João Valente, aos 24 anos, decidiu migrar para ”a grande cidade”, com o objetivo de estudar e criar uma carreira de sucesso.
Em 2012, esteve na UEFA e ajudou a organizar algumas das finais da Champions League: 2012 – Munique, 2013 – Londres e 2014 – Lisboa.
Sempre com ”Castelo Branco no coração”, onde trabalhou na Câmara Municipal albicastrense, abandonou em 2021 os cargos políticos, diz ”viver muito intensamente a vida económica, social e política e sempre que pode vai à terra”. Por isso, já levou as velhas glórias do Benfica e do Sporting a Castelo Branco, para darem ”uma graça da sua arte futebolistica”.
São muitas as ligações que tem com a cidade de Lisboa, mas também são inúmeras as memórias de infância e juventude albicastrense, que recorda com ”um brilhozinho nos olhos”, mas sem saudosismos.
Homem do desporto, que negociou como deputado municipal de Lisboa com todo os partidos da oposição a redução do preço do Passe Navegante, abandonou os cargos políticos que tinha no PS,
nomeadamente o de deputado municipal de Lisboa, em 2021, mas mantém-se como independente dentro do partido, ”o que é uma posição dificil”.
Homem de causas e de consensos, João Valente aceitou o convite de Álvaro Beleza para vocal da distrital de Castelo Branco da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social – SEDES e, dessa forma, contribuir para a coesão social em Castelo Branco e promoção de políticas ativas de emprego que promovam segurança laboral em detrimento de segurança do posto de trabalho, entre as quais se incluam sistemas de aprendizagem ao longo da vida que favoreçam o aumento da empregabilidade e da produtividade.
Neste momento, como revela, a SEDES, reativado há 4 anos, está a preparar várias acções no distrito, designadamente junto do alunos do 12º ano sobre os 50 anos do 25 de abril, no Fundão e na Sertã, e um colóquio sobre habitação em Castelo Branco.
Com estes eventos, a SEDES, que funciona como uma força social de pressão, pretende sensibilizar o poder político para os problemas prementes da sociedade portuguesa.