Cerca de mil jovens trabalhadores participaram esta terça-feira, em Lisboa, na manifestação promovida pela Interjovem, organização da CGTP, pedindo aumentos dos salários e contestando a precariedade e a subida do custo de vida.
A manifestação, que aconteceu no Dia Nacional e Mundial da Juventude, partiu do Rossio pelas 15H30 rumo à Assembleia da República, envergando uma faixa com as frases “basta de empobrecer a trabalhar”, e “precariedade é para acabar”. Também se pôde ler em diversos cartazes mensagens contra as condições laborais em Portugal: “paz, pão e direito à habitação” e “há meses a mais para o meu salário”.
Em declarações à Lusa, o coordenador da Interjovem, Dinis Lourenço, defendeu a necessidade de “decisões urgentes que alterem o rumo” de “degradação das condições de vida dos jovens” que saem cada vez mais tarde de casa dos pais devido aos baixos salários e à precariedade.
Na Calçada do Combro, em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, salientou que a manifestação mostra que a juventude trabalhadora “está a tomar nas mãos os destinos das suas vidas”, exigindo melhores salários e estabilidade.
“Neste combate contra os baixos salários, contra a precariedade, contra a desregulação de horários, é uma grande alegria ver esta gente nova, com esta capacidade e esta determinação. (…) Vamos daqui com muita confiança e de peito cheio”, disse.
Paulo Raimundo defendeu que são manifestações como a desta terça-feira que estão a obrigar o Governo a tomar medidas como a isenção de IVA num cabaz de bens alimentares, apesar de, ainda assim, serem “muito limitadas e muito insuficientes”.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, participou numa outra ação da Interjovem, sob o mesmo tema, que se realizou em simultâneo em Vila Nova de Gaia.