Presidente da Câmara de Idanha-a-Nova começa a ser julgado no próximo dia 4 de Julho, pelo crime peculato, no Tribunal Judicial de Castelo Branco.
O Autarca vai responder pela prática de quatro crimes de peculato, sendo julgado em processo comum por um Tribunal Colectivo, com base em factos ocorridos em Outubro de 2019 e Janeiro de 2020, datas em que usou o carro da autarquia para se deslocar até ao Porto e Satarém, onde participou em reuniões da Comissão Política Nacional do PS.
Armindo Jacinto não nega os factos, mas garantiu, em comunicado de imprensa, que aquelas viagens foram efectuadas para tratar de assuntos da autarquia e que as reuniões do partido calharam em caminho. O Autarca ainda tentou evitar ir a julgamento, requerendo a abertura de instrução. Porém o juiz de instrução entendeu que existiam indícios suficientes para uma eventual condenação, e por isso confirmou a acusação do Ministério Público e mandou o caso para julgamento, em que se constituíram assistentes os vereadores da Câmara Municipal José Adelino Gameiro e Vera Sofia Caroço.
Primeiramente marcada para o dia 20 de Junho, a audiência foi agora adiada para o próximo dia 4 de Julho, por indisponibilidade de agenda do advogado Ricardo Serrano Vieira, causídico escolhido por Armindo Jacinto para o defender no caso.
Para além das penas inerentes ao crime de peculato, Armindo Jacinto arrisca ainda a perda de mandato enquanto autarca, pelo que seria substituído pela actual vice-presidente Idalina Costa, que foi recentemente condenada pelo crime de falsificação de documento em instituição que dirigia, pelo Tribunal de Idanha-a-Nova.