Júlio Dinis, pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu no Porto em 14 de Novembro de 1839 e faleceu no Porto em 12 de Setembro de 1871.
Júlio Dinis, em 1853, inscreveu-se na Academia Politécnica, mas dois anos depois vai estudar Medicina na Escola Médico-Cirúrgica da sua terra natal, o Porto. No ano 1861, termina a licenciatura em Medicina.
Enquanto estudante, Júlio Dinis já escrevia poemas, peças de teatro e textos de teorização literária, mas notabilizou-se como romancista, escrevendo grandes obras, que nos dias de hoje são consideradas: “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Serões da Província”, “Uma Família Inglesa” e a “Morgadinha dos Canaviais”.
Júlio Dinis, além de escritor romântico, era um realista da sociedade rural. Aliás, sendo Júlio Dinis um citadino do Porto, devido à sua grave doença de tuberculose que lhe rendeu apenas 31 anos de vida, teve que se isolar para zonas rurais a fim de curar a terrível e grave doença. Foi nos meios rurais por onde passou, que se inspirou para escrever as suas grandes obras, sendo verdadeiros clássicos.
Júlio Dinis era um liberal e reformista, defendendo a classe burguesa regeneradora, ao contrário do escritor Camilo Castelo Branco, que era um defensor do miguelismo, conservadorismo e tradicionalismo.
Nos romances de Júlio, que se passam no meio campestre, verifica-se a ligação amorosa, terminando em casamento feliz entre um rapaz da nobreza e uma rapariga de condição social inferior. Em suma, o escritor Júlio Dinis era um optimista.
O Dr. Joaquim Guilherme Gomes Coelho, antes de utilizar o pseudónimo de Júlio Dinis como escritor, já havia utilizado o pseudónimo de Diana de Aveleda, sob o qual escreveu dois romances: “Os Novelos da Tia Filomena” e “O Espólio do Senhor Cipriano”.