Após a chegada de e-mails à redação do jornal O Regiões, estes trouxeram à luz, uma situação que tem gerado grande descontentamento entre os cidadãos que participaram nas eleições europeias como membros das mesas de voto em Castelo Branco. A correspondência, enviada por uma dessas pessoas, revela o desagrado por ainda não ter recebido a compensação financeira devida pelo serviço prestado, quase três meses após o evento
Com o aumento das dificuldades económicas, o atraso no pagamento é sentido de forma mais acentuada, afetando diretamente os rendimentos de quem depende deste apoio para fazer face às suas necessidades básicas. “A junta de freguesia, tão diligente em patrocinar livros aos amigos, poderia, ao menos, adiantar este dinheiro a quem esteve ao serviço no dia das eleições”, desabafa um dos autores dos e-mails.
A crítica não se esgota no atraso do pagamento. O autor vai mais longe ao afirmar que a junta de freguesia parece mais preocupada em patrocinar eventos e projetos alinhados com os interesses do seu executivo do que em resolver os problemas concretos dos seus fregueses. Esta perceção tem vindo a gerar um clima de desconfiança e frustração entre os cidadãos, que esperam mais do que boas intenções por parte das suas autoridades locais.
Por sua vez, a junta de freguesia de Castelo Branco, em resposta aos e-mails, esclarece que a responsabilidade do pagamento aos membros das mesas de voto não recai sobre si, mas sim sobre o governo, que ainda não procedeu à transferência das verbas necessárias para os municípios. Só após essa transferência, garante a junta, é que será possível realizar os pagamentos devidos.
Fontes do MAI asseguram que a transferência foi realizada para o Município de Castelo Branco no tempo devido.
A falta de pagamento deve-se a incompetência do Município de Castelo Branco.
Enquanto o impasse continua, os cidadãos que desempenharam um papel crucial no processo democrático aguardam, com cada vez menos paciência, pelo reconhecimento financeiro do seu trabalho.