No passado dia 26 de novembro, o Conselho Municipal da Juventude de Castelo Branco reuniu-se para analisar e emitir parecer sobre o Orçamento Municipal para 2025. A sessão contou com a participação de representantes de três associações locais e das juventudes partidárias do PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal.
Entre todos os presentes, Pedro Roque, representante dos Jovens Liberais, destacou-se como o único a emitir parecer negativo ao orçamento, enquanto os restantes conselheiros o aprovaram sem qualquer crítica ao mesmo.
Na sua declaração de voto, Pedro Roque justificou a oposição com preocupações centradas na estratégia de investimento adotada pela Câmara Municipal, que considerou carente de visão e lesiva para as gerações futuras do município.
O representante liberal criticou aquilo que classificou como “projetos megalómanos anunciados em vésperas de eleições autárquicas, que acarretam encargos significativos sem contribuírem de forma eficaz para o desenvolvimento económico e social de Castelo Branco”.
Sublinhou ainda que “os mais de 200 postos de trabalho previstos para 2024 resultaram num aumento de 2 milhões de euros na despesa corrente da Câmara Municipal, exclusivamente com os quadros de pessoal. No departamento de apoio ao Presidente da Câmara, o número de postos de trabalho subiu de 9 para 27 sem que houvesse justificação”.
O voto contra foi sustentado pela “errada priorização de investimentos, com a Câmara Municipal a demonstrar uma inversão de prioridades.
Enquanto os quadros da Câmara continuam a aumentar, os serviços prestados não registam melhorias significativas. Uma vez mais, investimentos essenciais, como a reabilitação da zona histórica e a dinamização do comércio e da indústria local, são negligenciados”.
O Conselho Municipal da Juventude é um dos três órgãos municipais onde o Orçamento Municipal é submetido a votação, embora o seu parecer não seja vinculativo.