Laurentino Dias, ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto, anunciou ontem a sua candidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP) para o ciclo 2025-2029. Em comunicado dirigido à agência Lusa, o jurista de Fafe, de 70 anos, assume o compromisso de liderar a organização olímpica nacional com um projeto de continuidade e renovação, visando honrar o legado de José Manuel Constantino, falecido em agosto passado, cuja liderança é considerada exemplar.
Dias, que desempenhou funções governativas na área do Desporto entre 2005 e 2011 nos dois executivos de José Sócrates, reconhece a “elevada exigência” do processo eleitoral que se avizinha, destacando a importância de manter a credibilidade e prestígio do COP, alcançados ao longo da última década. “Seguir e desenvolver esse rumo é porventura o maior dos desafios da liderança que, por decisão dos membros do COP, venha a suceder-lhe nessa responsabilidade”, declarou.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e ex-deputado do Partido Socialista por Braga, Laurentino Dias apresentou a sua candidatura como um gesto de abertura para que outros potenciais candidatos assumam também as suas intenções de forma transparente. “Acredito que aqueles que sintam a vontade e necessidade de contribuir para a prosperidade e sucesso do desporto em Portugal devem assumir publicamente essa responsabilidade”, afirmou, sublinhando a importância do envolvimento das federações desportivas no processo de escolha.
Dias recorda a sua ligação de longa data ao desporto, quer como atleta de voleibol e dirigente, quer como responsável público, frisando a sua “firme e refletida disposição” de colocar a sua experiência ao serviço do COP. Para o próximo mandato, propõe o desenvolvimento de uma estratégia de cooperação com as federações, atletas, treinadores e restantes agentes desportivos, visando a definição de prioridades e metas de intervenção claras.
O candidato enaltece o “papel social do movimento olímpico” e defende um reforço da colaboração com entidades públicas, para consolidar o desporto como um “verdadeiro desígnio nacional”. “Uma candidatura ao Comité Olímpico não pode ser uma ambição pessoal, mas sim um projeto coletivo que a todos mobilize de forma voluntária e responsável”, sublinhou.
A par do anúncio de Laurentino Dias, surgem expectativas de uma candidatura de José Manuel Araújo, atual secretário-geral do COP. As eleições, que devem ocorrer no primeiro trimestre de 2025, definirão a liderança que sucederá a Artur Lopes, presidente interino desde a morte de Constantino.
