Na política, como na vida, há quem brilhe pela competência, e há quem se destaque pela ausência dela. Leopoldo Rodrigues, presidente da câmara de Castelo Branco, inscreve-se inequivocamente no segundo grupo, onde a fuga à responsabilidade se tornou a sua assinatura política. Na sua mais recente aparição pública, Rodrigues não dececionou os críticos: numa conferência de imprensa encenada na sede do PS, fez aquilo que melhor sabe fazer – prometer sem cumprir e esquivar-se às perguntas difíceis, tal como um ilusionista que desvia a atenção do público para ocultar a sua falta de substância
Esta encenação tragicómica teve lugar num cenário que, por si só, já anunciava a natureza do evento. Em vez de assumir a postura de um verdadeiro líder, escolheu a sede partidária como palco, fugindo do cenário institucional da câmara onde deveria ter prestado contas. Mais grave ainda, excluiu do evento quem poderia confrontá-lo com a realidade, como o jornal “O Regiões”, numa tentativa clara de controlar a narrativa e evitar o confronto. Leopoldo Rodrigues continua a misturar alhos com bugalhos, prometendo uma barragem que, segundo ele, é fundamental para o regadio, enquanto a realidade mostra um executivo camarário à deriva, onde cada membro parece remar para um lado diferente.
“A Barragem do Barbaído: Um Espelho de Promessas Vazias”
A barragem do Barbaído, tal como apresentada por Rodrigues, deveria ser uma peça-chave na estratégia hídrica da região. Um projeto que prometia assegurar água tanto para a agricultura como para o consumo humano, caso o regadio avançasse. No papel, parecia sensato, quase brilhante. Contudo, a distância entre a promessa e a realidade é abissal. A barragem, que Rodrigues afirma estar “em andamento”, permanece tão inacabada quanto a sua liderança. Em vez de um projeto concreto, o que se vislumbra é um reflexo das promessas vãs que têm marcado o seu mandato.
Rodrigues fala de uma barragem e de um sistema de regadio que, na prática, não passam de miragens, distantes de qualquer concretização real. É como um arquiteto que projeta edifícios magníficos no papel, mas cuja construção nunca passa da primeira pedra. Esta promessa de uma barragem que resolveria os problemas hídricos da região não passa de uma ilusão, alimentada por um discurso vazio e uma demagogia cada vez mais desgastada. O presidente tenta, assim, esconder a sua ineficácia atrás de promessas que, se alguma vez forem cumpridas, será mais por obra do acaso do que por mérito da sua liderança.
“Um Líder Fraco, Uma Promessa Perdida”
O triste espetáculo de Rodrigues continua. A sua liderança, marcada pela fuga às responsabilidades e por promessas não concretizadas, é o retrato de uma governação vazia. Promete mundos e fundos, mas quando chega a hora de concretizar, fica evidente a sua incapacidade de materializar qualquer projeto significativo. O regadio e a barragem, que poderiam ser marcos de progresso para Castelo Branco, não passam de fantasmas numa cidade que continua à espera de um futuro melhor.
Leopoldo Rodrigues parece ter feito da fuga a sua arte. Foge à verdade, foge às suas responsabilidades e, mais recentemente, fugiu até do seu próprio papel enquanto presidente, preferindo a segurança de uma conferência de imprensa cuidadosamente encenada a enfrentar os problemas reais da cidade. A população de Castelo Branco, uma vez mais, ficou à espera de respostas que não vieram, e de promessas que, no fundo, sabe que nunca serão cumpridas. É um ciclo de desilusão que se repete, onde as esperanças depositadas num projeto de futuro são constantemente esmagadas pela realidade de uma liderança que, tal como a barragem, não passa de uma construção inacabada.