Luís António Verney foi um filósofo, teólogo e pedagogo, que nasceu em Lisboa no ano de 1713 e faleceu em Roma no ano de 1792.
Desde muito jovem, Verney aprendeu as primeiras letras e o latim em casa, mais tarde estudou no Colégio de Santo Antão e na Congregação do Oratório; também estudou na Universidade de Évora onde se licenciou em Filosofia e Artes.
Em 1733, Verney além de licenciado em Artes também é mestre: em 1734 toma ordens menores; em 1736 vai para a actual Itália onde concluiu um doutoramento em Teologia e Jurisprudência; em 1741 Luís António Verney regressa a Portugal e é nomeado arcediago pelo Papa, mas pouco depois regressa a Roma devido a problemas de saúde e também devido a se sentir incompreendido pelos seus patrícios.
Luís António Verney publica em Roma no ano de 1746 – “Verdadeiro Método de Estudar para ser útil à República e à Igreja: Proporcionado ao Estilo e Necessidade de Portugal”.
Luís António Verney, nas suas obras, segue os pensamentos de John Locke, Newton, Rollin, Fénelon e Lamy. A sua obra é composta por Cartas, que seguem a seguinte ordem: I – Língua Portuguesa, II – Gramática Latina, III – Latinidade, IV – Grego, Hebraico e Línguas Modernas, V e VI Retórica, VII – Poesia, IX – Ética, X – Metafísica, XI – Física, XII – Medicina, XIII – Direito Civil, XIV – Teologia, XV – Direito Canónico e XVI – Regulamentação Geral dos Estudos.
A pedido do Rei Dom João V, Luís António Verney iniciou um processo de reforma pedagógica em Portugal, e assim criou o “Verdadeiro Método”. No entanto, houve desavenças com o monarca Dom João V, mas com a subida ao trono do rei Dom José I a situação melhorou para Verney que viu as suas obras patrocinadas pelo Coroa nos anos 50 do Século XVIII.
Luís António Verney foi controverso em relação ao método de ensino da Ordem dos Jesuítas, por essa razão o seu método foi aceite na reforma pombalina.