Os proprietários e gestores de Alojamento Local (AL) manifestam-se este 1 de Março, pelas 15 horas, no Parque das Nações, em frente à FIL, onde começa o evento da Bolsa de Turismo de Lisboa. Vão contestar as medidas de habitação lançadas pelo Governo que visam condicionar o AL.
Estão contra a criação da nova taxa extraordinária, contra o fim das novas licenças em todas as localidades do país, exceto nas zonas rurais, contra o prazo nas licenças existentes, até 2030, e contra à reavaliação de 5 em 5 anos.
Os promotores do protesto sentem-se ameaçados pelas medidas e lembram que foi no AL que encontraram a fuga à crise com a criação do próprio emprego.
A manifestação está a ser promovida nas redes sociais por proprietários e gestores de AL. Dizem que o Alojamento Local foi, e continua a ser, o balão de oxigénio para muitas famílias neste país.
Entre as promotoras, Carla Costa Reis é uma das mais ativas. Gere 35 Alojamentos Locais e tem o seu próprio negócio AL.
Carla afirma que “o AL cria empregos em vários sectores: limpezas, lavandarias, pintores, canalizadores, marceneiros , eletricistas, e um sem-fim de profissionais que encontraram nos alojamentos locais um volume de trabalho que lhes permitiu refazer a sua vida”.
Carla Costa Reis não entende porque o AL é um dos alvos das medidas do Governo para combater a crise na habitação. “Não somos o problema, somos a solução”, salienta.
Paralelamente, são cada vez mais os anúncios dos gestores de AL a tentar angariar novas casas e quartos para a legalização como AL, antes que uma nova legislação entre em vigor e proíba mais licenças.