Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal, no dia 15 de Setembro de 1765, e faleceu em Lisboa, no dia 21 de Dezembro de 1805.
Manuel Maria Barbosa du Bocage aos 10 anos era órfão de pai e mãe, aos 14 anos alistou-se no exército na Infantaria de Setúbal, mas passado pouco tempo vai para Lisboa onde se inscreveu na Academia Real da Marinha.
Em Lisboa, Bocage torna-se famoso ao ter uma vida boémia e literária, frequenta cafés e botequins, onde mostra as suas qualidades de versejador, utiliza uma linguagem popular onde era abundante os termos de calão e a agressividade das suas críticas satíricas.
Em 1786, Bocage viaja para a Índia, mas antes passa pelo Brasil e passa dois anos em Goa. Faz também uma passagem por Macau onde vive uma vida de devassidão e estadas aventurosas.
Em 1790, regressa a Lisboa, onde tem uma frustração ao ver a sua amada Gertrudes casada com o seu irmão; em 1791 publica o seu primeiro volume de rimas; em 1794 é expulso das “Quartas-feiras de Lereno” ao criticar o presidente e confrades dessa associação; em 1797 é acusado como dissoluto devido aos seus costumes antimonárquicos e anticatólicos nas suas poesias satíricas, onde é preso pela Santa Inquisição.
José Maria Barbosa du Bocage, nos últimos anos, tem uma vida de pobreza, sendo sustentado pela sua irmã e pelas suas traduções. O poeta sadino deixou um grande legado na cultura portuguesa, onde utiliza na sua poesia a herança clássica de Luís Vaz de Camões, mas também utilizou uma produção poética pré-romântica.