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Marcelo e Governo juntos na luta contra incêndios: Apoios prometidos e investigação em curso

No rescaldo dos incêndios que devastaram vastas áreas de floresta no norte e centro de Portugal desde 15 de setembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, uniram-se em visitas às zonas afetadas, transmitindo uma mensagem de união e apoio. Ambos sobrevoaram áreas ardidas e estiveram em contato com autarcas e populações locais, com o Governo a prometer celeridade na atribuição de apoios e um compromisso de investigação rigorosa sobre as causas dos fogos

“Sempre juntos”

Marcelo Rebelo de Sousa, conhecido pela sua proximidade com o povo e pelo acompanhamento das situações de crise, destacou a importância da colaboração entre o Governo e a Presidência da República na resposta aos incêndios: “Em matéria de fogos, estivemos sempre juntos e vamos estar sempre juntos”, afirmou o Presidente. Esta é a terceira vez que Marcelo surge ao lado de Montenegro durante esta crise, sublinhando a união institucional no combate aos fogos e no apoio às vítimas.

Investigações sobre “interesses que sobrevoam”

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Durante as visitas às zonas afetadas, o primeiro-ministro reiterou a sua preocupação com a origem dos incêndios, mencionando novamente a possibilidade de interesses ocultos por trás das ignições, embora sem apontar diretamente culpados. Montenegro afirmou ser “muito estranho” o surgimento de 125 ignições numa única noite, sem explicações plausíveis, e reforçou a necessidade de uma investigação profunda para apurar as causas.

“Durmo mais descansado se o meu Governo estiver a combater o crime”, disse Montenegro, destacando o compromisso em garantir uma análise detalhada e rigorosa dos eventos. Apesar das dúvidas levantadas, especialistas consultados anteriormente por meios de comunicação, como o Expresso, rejeitam a hipótese de grandes incêndios provocados exclusivamente por interesses económicos.

Rapidez nos apoios prometida

Além das investigações, o Governo também focou a necessidade de rapidez na atribuição de apoios financeiros às vítimas e às autarquias afetadas. Luís Montenegro garantiu que, mesmo que haja atrasos na obtenção dos 500 milhões de euros prometidos pela Comissão Europeia, o Governo usará fundos do Orçamento do Estado para cobrir as necessidades imediatas.

Durante um encontro com 69 presidentes de câmara dos concelhos atingidos pelos incêndios, Montenegro assegurou: “Nesta área, não vamos olhar a contas de deve e haver ao dia”. Já foram adiantados 100 milhões de euros para acelerar os apoios, enquanto o processo com as autoridades europeias continua.

Montenegro detalhou ainda algumas das medidas de apoio às famílias e empresas afetadas, como o financiamento de até 150 mil euros para a reabilitação de casas de primeira habitação. O Governo compromete-se também a financiar 85% da parte excedente desse valor, garantindo que as obras necessárias serão cobertas sem grande burocracia. “Está tudo programado para ser rápido”, afirmou o primeiro-ministro, pedindo aos cidadãos que entrem em contato com as suas Câmaras Municipais para agilizar os processos.

Reflexão sobre a resposta aos incêndios

Em Sever do Vouga, onde terminou a visita, Montenegro fez uma retrospetiva sobre os acontecimentos, destacando que o Governo e as instituições anteciparam a gravidade da situação, aumentando gradualmente os alertas. Apesar disso, reconheceu que será feita uma avaliação rigorosa sobre a eficácia do combate aos incêndios, sem receio de detetar falhas.

“No pico dos incêndios, havia tantas frentes que não haveria dispositivo nenhum que desse resposta total”, admitiu, mas sublinhou que isso “não desculpa eventuais erros” que possam ter ocorrido. Montenegro também prestou uma palavra de respeito aos profissionais no terreno, enaltecendo a sua luta, muitas vezes com poucos recursos, para proteger pessoas e património.

Com um balanço final de património devastado e um forte sentimento de resistência nas comunidades afetadas, Montenegro concluiu a sua mensagem com um apelo à esperança no futuro: “Vimos tanto património perdido, mas também muita força de vontade nas populações. É preciso acreditar no futuro.”

União e esperança no futuro

Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, relembrou os incêndios de 2017, apontando que desde então muita coisa foi feita para melhorar a resposta às catástrofes naturais, embora ainda haja áreas a aperfeiçoar. Um exemplo foi a criação de uma equipa de resposta rápida, coordenada pelo ministro Adjunto Castro Almeida, uma solução que não existia na altura.

Ambos os líderes prometeram não poupar esforços na reconstrução das áreas devastadas e na investigação das causas dos incêndios, numa demonstração clara de que, frente a esta tragédia, o Estado permanece unido e focado em proporcionar alívio às vítimas e garantir que situações como esta sejam evitadas no futuro.

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