Marquesa de Alorna – Dona Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre nasceu em Lisboa, no dia 31 de Outubro de 1750, e faleceu em Lisboa, no dia 11 de Outubro de 1839.
A Marquesa de Alorna foi uma excelente poetisa, tradutora e uma grande divulgadora das novas tendências da Europa.
A Marquesa de Alorna era neta dos Marqueses de Távora, que tiveram muitos problemas no Reinado do Rei Dom José I e do seu Primeiro-Ministro Marquês de Pombal, sendo o seu pai preso quando tinha 8 anos e, assim, foi encerrada no Convento de São Félix em Chelas. Ficou enclausurada com a sua mãe e com a irmã no convento até à morte do Marquês de Pombal.
A Marquesa de Alorna, enquanto enclausurada no Convento de São Félix, durante a infância e juventude, esteve em contacto com a música, leitura e escritores notáveis que acompanharam a sua formação, entre os quais o Padre Francisco Manuel do Nascimento (pseudónimo de Filinto Eliseu).
Em 1777, a Marquesa de Alorna sai em liberdade, ou seja, sai definitivamente do Convento em Chelas; em 1779, casou com um oficial luso-alemão – Conde de Oeynhausen, viaja para Viena, Berlim e Londres. Nas viagens feitas pela Marquesa de Alorna, desenvolveu o gosto pela poesia sentimental e descritiva e também traduziu vários autores estrangeiros; em 1793, fica viúva com seis filhos para educar.
A Marquesa de Alorna teve uma fundação – Sociedade da Rosa, concebida para frustrar a ameaça das invasões francesas, levando à desconfiança do Intendente Pina Manique, pelo que teve que se exilar para Londres (já havia estado nesta cidade do Reino Unido) com fracos recursos financeiros.
A Marquesa de Alorna, ao regressar ao Reino de Portugal, após o exílio em Inglaterra, fez dos salões de São Domingos de Benfica em Lisboa, focos de novas ideias estéticas, pois frequentavam estes meios escritores de várias gerações desde os últimos árcades até aos românticos.
Esta grande poetisa deixou um enorme e precioso legado literário dos Séculos XVIII e XIX.