Ministro Alerta para Custos Significativos em Caso de Falência da Efacec. O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, revelou segunda-feira numa audição parlamentar que a possível falência da Efacec teria um impacto financeiro substancial para o Estado português, estimado entre 60 a 65 milhões de euros anuais. Essa projeção leva em consideração os subsídios de desemprego e as perdas de contribuições sociais que ocorreriam com o encerramento da empresa.
Costa Silva explicou que, ao calcular os potenciais subsídios de desemprego para os cerca de dois mil trabalhadores da Efacec, metade dos quais possuem formação superior, o Estado teria que desembolsar entre 1,7 a dois milhões de euros mensais, totalizando entre 20 a 25 milhões de euros por ano. Além disso, as contribuições sociais não recebidas da empresa representariam uma perda adicional de aproximadamente 40 milhões de euros anualmente.
O ministro enfatizou a importância estratégica da continuidade das operações da Efacec, destacando que, ao manter-se em funcionamento, a empresa contribui significativamente para os cofres do Estado. Ressaltou que, graças à atividade da Efacec, o Estado arrecadou aproximadamente 100 milhões de euros em termos de IRS e contribuições para a segurança social.
Costa Silva também destacou o impacto positivo da Efacec no setor empresarial, mencionando que a empresa possui 2.800 fornecedores, alimentando assim um ecossistema robusto. Ele citou números impressionantes, indicando que a Efacec conquistou projetos no mercado nacional e internacional no valor de 845 milhões de euros, evidenciando a importância da empresa para a economia.
Cabe lembrar que a Efacec foi nacionalizada em 2020 e posteriormente vendida ao fundo de investimento alemão Mutares. O Estado concordou em injetar 160 milhões de euros na empresa, enquanto o Banco de Fomento contribuirá com mais 35 milhões de euros através da compra de obrigações. Esses montantes se somam aos 200 milhões de euros que o Estado já havia injetado nos últimos 20 meses para cobrir custos fixos, incluindo salários.
Atualmente, a Efacec, com sede em Matosinhos, emprega cerca de 2.000 trabalhadores. O processo de reprivatização da empresa continua, com propostas vinculativas de quatro candidatos recebidas em abril pela Parpública, responsável pela venda de 71,73% da Efacec.