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Ministro e dirigente da Frelimo diz que partido no poder em Moçambique é contra a violência

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural moçambicano, que é também membro da Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Celso Correia, defendeu que o país continua a trabalhar para a paz, na sequência das ações de repressão policial do sábado passado.

Ministro e dirigente da Frelimo diz que partido no poder em Moçambique é contra a violência
DR

O governante afirmou esta segunda-feira que a Frelimo (Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique) “é contra todas as formas de violência, somos um partido de paz”, em resposta aos jornalistas, na província de Nampula, norte do país, durante uma visita na qualidade de chefe da brigada central do partido.

Celso Correia defendeu a necessidade de manutenção da ordem no país, assinalando que as instituições competentes devem averiguar as circunstâncias em que ocorreu a violência policial contra pessoas que tentavam marchar em homenagem ao “rapper” Azagaia, no sábado em Maputo e noutras cidades do país.

“Temos que deixar as instituições fazerem o seu trabalho. Averiguar como as coisas aconteceram e em que condições. Mas nós somos um partido de paz, vamos continuar a trabalhar para a paz”, sustentou Celso Correia.
Correia vincou que as divergências no seio da sociedade moçambicana devem ser dirimidas através de diálogo, notando que o país dispõe de plataformas para entendimentos por via pacífica.

“Acredito que, sempre que há qualquer tipo de divergências, independentemente da dimensão, devem ser resolvidas através dessas plataformas de diálogo”, enfatizou.

Recorde-se que, no último sábado, a polícia moçambicana disparou gás lacrimogéneo, balas de borracha e usou de violência contra centenas de pessoas desarmadas que pretendiam participar em marchas pacíficas de homenagem ao “rapper” de intervenção social e ativista Azagaia, que morreu no dia 9 de março, vítima de doença. Vários transeuntes foram também apanhados pela repressão policial, registando-se ferimentos e prejuízos materiais.

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