Luís Montenegro, que se encontra “de baixa médica” até amanhã, elogia a postura construtiva dos partidos nas negociações. O Primeiro-ministro remeteu para setembro continuar o “diálogo franco, aberto e focado no interesse nacional” com os partidos com assento parlamentar.
Luís Montenegro elogiou a “forma positiva” e “postura cordial” dos partidos com assento parlamentar nas reuniões sobre o Orçamento de Estado para 2025, apesar de não ter estado presente nos encontros por motivos de saúde.
“Acompanhei de perto o seu desenrolar [das reuniões]. Registo de uma forma muito positiva a postura cordial e construtiva de todos os partidos”, escreveu o primeiro-ministro na sua conta oficial na rede social X.
A finalizar, Montenegro remeteu para setembro continuar o “diálogo franco, aberto e focado no interesse nacional” com os partidos com assento parlamentar.
O Governo reuniu-se na sexta-feira com todos os partidos da oposição com assento parlamentar – à exceção de PSD e CDS, que cancelaram a participação nesta primeira ronda – sobre o Orçamento do Estado para 2025.
Estava inicialmente previsto que o primeiro-ministro marcasse presença nestas reuniões, mas, por razões de saúde, Luís Montenegro cancelou a presença em todos os eventos políticos até domingo.
No final da ronda de reuniões, Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, maior partido da oposição, afirmou que as negociações orçamentais com o Governo vão continuar, considerando que nesta altura deve haver reserva sobre os temas abordados, mas que todos estão “com abertura negocial, empenhados e de boa-fé”.
Marcelo optimista
Por seu turno, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que encara com um “otimismo moderado” e “realista” as negociações entre o Governo e os partidos sobre o Orçamento do Estado de 2025, assinalando a abertura, por parte de PS e Aliança Democrática, para o diálogo nas negociações para o orçamento que hoje começaram.
“Há toda a vantagem que todos os partidos sejam ouvidos e possam avançar mais ou menos em relação ao orçamento que é feito com tempo. Começar no final de julho não me lembro de já mais ter acontecido”, afirmou aos jornalistas, à margem da inauguração do Festival Internacional de Música de Marvão.
Marcelo alertou que 2025 vai ser um ano “verdadeiramente muito eleitoral”, sendo importante para o país que o Orçamento do Estado esteja aprovado.
“É um ano que já tem eleições autárquicas, que começam sempre muito cedo, começam na primavera, são em finais de setembro ou principio de outubro, mas começam na primavera e depois logo a seguir presidências, portanto é um ano verdadeiramente muito eleitoral, num ano eleitoral não haver a certeza de um orçamento aprovado para esse ano não é bom”, disse.
É fundamental, disse, entender-se que “neste momento, com a incógnita, o ponto de interrogação que há no mundo e o ponto de interrogação que há na Europa” não deve acrescentar-se “mais um ponto de interrogação”.
“E não acrescentar um ponto de interrogação é em relação ao orçamento ter o orçamento passado, porque isso dá uma certeza para todo o ano de 2025”, defendeu.