A Semana Académica de Castelo Branco, evento aguardado por muitos estudantes universitários, tem gerado crescente descontentamento entre os moradores da cidade, sobretudo devido ao ruído noturno excessivo e, mais recentemente, a episódios de vandalismo urbano
Desde o início dos festejos, vários habitantes têm manifestado o seu desagrado face aos elevados níveis de barulho durante a noite, apontando a música alta, os gritos e o comportamento ruidoso nas ruas como principais obstáculos ao descanso. As queixas têm-se multiplicado por diferentes zonas urbanas, sendo um dos focos mais críticos a zona da Quinta Dr. Beirão, junto ao posto de combustível da Galp, localmente conhecido pelo popular “Kebab das Bombas”. Segundo os residentes, este espaço tem atraído grandes aglomerados de pessoas durante a madrugada, originando distúrbios sonoros persistentes.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada ao local em diversas ocasiões, mas, conforme relatos de moradores, a sua intervenção não terá sido suficiente para conter o ruído e os comportamentos perturbadores, o que alimentou sentimentos de frustração e impotência entre os afetados.
Este sábado, 3 de maio, a situação agravou-se com a vandalização de sinais de trânsito e painéis informativos em várias zonas da cidade. Os atos de destruição ocorreram durante a madrugada e colocaram em risco a segurança rodoviária, além de causarem transtornos no espaço público. As autoridades ainda não confirmaram a autoria dos danos, mas a proximidade temporal e geográfica com os festejos académicos levanta questões e inquietações entre a população.
Vários cidadãos apelam agora a uma maior fiscalização e à implementação de medidas que conciliem a celebração académica com o direito ao descanso e à segurança dos moradores. Muitos sublinham não ser contra a Semana Académica em si, mas pedem respeito pelos horários e pelas zonas residenciais da cidade.
A origem dos atos de vandalismo ainda não foi apurada, mas o contexto leva a comunidade a questionar se poderá haver ligação com os festejos. Cabe agora às autoridades competentes investigar e esclarecer os factos, garantindo que a cidade continue a ser um espaço de convivência segura e equilibrada para todos.