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Morreu Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna, aos 65 anos

Miguel Macedo, ex-ministro social-democrata, morreu esta quinta-feira, 13 de Março, aos 65 anos, vítima de um ataque cardíaco. O Presidente da República, o Primeiro-ministro, a Assembleia da República ( antes de se iniciar os trabalhos) e o PSD já emitiram notas de pesar pela notícia da morte do ex-deputado do partido, relembrando um “homem bom” cuja morte deixa o país e a “família social-democrata mais pobres”.

Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna do Governo de Passos Coelho, e atual comentador na CNN, morreu esta quinta-feira. O social-democrata foi secretário-geral do PSD quando Marques Mendes foi o presidente do partido. Depois, foi também líder parlamentar durante o fim do governo de José Sócrates e o período de negociações da troika, entre abril de 2010 e junho de 2011. Foi nessa altura que integrou a equipa governativa e deixou Luís Montenegro ao leme do grupo parlamentar do PSD.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu à morte do antigo líder parlamentar do PSD. “Foi com muita consternação que o Presidente da República tomou conhecimento do falecimento repentino de Miguel Macedo, responsável e dirigente partidário durante décadas e, mais recentemente, analista político na Comunicação Social”, lê-se na página da Presidência da República.

Na mesma nota, o Chefe de Estado recordou as “profundas raízes minhotas” de Miguel Macedo, que “revelou uma preocupação permanente com a realidade nacional e internacional e granjeou o respeito e a consideração nos mais variados setores da vida portuguesa”.

“Quer nos momentos mais felizes de uma longa atividade, quer naqueles em que enfrentou situações adversas, sempre com resistência e afabilidade raras”, lembrou ainda Marcelo.

Montenegro e Marques Mendes reagem

A morte de Miguel Macedo foi recordada antes do início da reunião do Conselho de Estado, por Luís Montenegro e Luís Marques Mendes, com o segundo a mostrar-se assumidamente triste pela morte de um dos seus “maiores amigos”.

Marques Mendes contou que falou há dois dias com o ex-ministro, que foi secretário-geral do PSD quando o candidato presidencial era líder do partido, e encontrou-o “lindamente”. “Era, sobretudo, um dos meus maiores amigos, desde os meus 20 anos. Fizemos uma vida pessoal e política muito juntos”, disse Luís Marques Mendes, deixando também uma nota de solidariedade para a “família lindíssima”.

Já o primeiro-ministro também deixou “uma palavra de profunda consternação” e endereçou “solidariedade à família” de Miguel Macedo, e fez questão de evocar “um homem bom, que dedicou muita da sua vida à causa pública, um amigo e um homem de pensamento e de ação, que serviu o país em várias circunstâncias”. Montenegro notou ainda que Miguel Macedo é “alguém a quem o povo português e o PSD muito devem”.

Homenagem na A.R.

Na Assembleia da República, antes de se iniciar os trabalhos, todas as bancadas homenagearam Miguel Macedo. Os discursos mais emocionados foram os de João Almeida, do CDS, e Hugo Soares, do PSD.

Visivelmente consternado, João Almeida recordou o ex-ministro como alguém que “prestigiou muito” tanto o Parlamento como o serviço público. “A política deu-me a enorme honra de servir o país sob sua direção. Foram muitas horas de trabalho conjunto e muitos quilómetros percorridos pelo país”, começou por dizer.

“Podia aqui falar do seu legado de estadista, do seu extraordinário sentido de humor, de muitas caraterísticas que tinha que eram positivas, mas não conseguiria dizer e fazer a homenagem que felizmente tantas ouvi, e depois da política ter sido ingrata com ele, porque foi, ouvir tantas vezes o que dizem polícias, guardas, bombeiros sobre o que era ter sido um ministro como Miguel Macedo”.

E por isso, João Almeida, que foi secretário de Estado quando o antigo ministro estava no Governo, diz que “é isso que devemos lembrar” de Miguel Macedo.

Também num discurso emocionado, evocando Miguel Macedo como “um verdadeiro príncipe da política”, Hugo Soares começou por agradecer todas as palavras dos grupos parlamentares.

De seguida descreveu o antigo ministro como “alguém de uma integridade à prova de bala, de uma lealdade no combate político que era rara e de uma competência em tudo que fazia”.

“Numa hora como esta, que expresso também à família as minhas mais sentidas condolências, não sei se o Miguel teria muita gente para escolher para fazer esta intervenção num momento como este. Mas tenho a certeza que de alguns que ele pudesse escolher, ele gostava muito que fosse o puto, como ele sempre me chamou, a puder fazê-lo”.

“O país perdeu um dos seus melhores, o PSD perdeu um dos seus grandes, eu perdi um grande amigo”, finalizou.

Também os outros partidos lembraram Miguel Macedo como alguém “leal” e que “serviu o país com respeito pela causa pública”.

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