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Na CP: Todos voltaram ao trabalho mesmo com ordenados em atraso

Ainda sem terem recebido os ordenados que estavam em atraso, situação que foi regularizada no dia 7 de Maio, os trabalhadores dos bares dos comboios da CP voltaram ao trabalho. O serviço foi restabelecido depois do contrato assinado entre a CP e a Newrail, que está válido desde o dia 1 de maio.

Na CP: Todos voltaram ao trabalho mesmo com ordenados em atraso
DR

Os 130 trabalhadores do serviço de cafetaria e bar dos comboios Alfa Pendular e Intercidades receberam, esta terça-feira (9 de Maio), integralmente, os três meses de salários que tinham em atraso (de Fevereiro, Março e Abril), na sequência da quebra de contrato do anterior concessionário, uma empresa detida por um funcionário da própria companhia ferroviária.

Logo que foi conhecido que tinha sido assinado o contrato, que estipulava que a nova concessionária iria pagar os ordenados em atraso, todos os 130 funcionários regressaram ao trabalho. Na altura, principio do mês, a nova concessionária dos bares da CP adiantou aos trabalhadores 200 euros para que possam enfrentar as despesas.

Entretanto, em comunicado, enviado às redações, a CP destaca que o contrato previa “o pagamento dos ordenados em atraso em duas vezes”, mas a nova concessionária – a empresa portuguesa Newrail – informou de que, no dia de 9 de Maio, “foi efetuada a transferência bancária com o pagamento integral de todos os vencimentos em atraso, por conta da falta de pagamento da anterior empresa”.

“A CP congratula-se com esta resolução, que evidencia o compromisso da Newrail em garantir o bem-estar dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados aos passageiros. A CP sempre teve como preocupação que os trabalhadores recebessem as retribuições que lhes eram devidas, e esta medida vem ao encontro desse objetivo”, lê-se na nota.

Recorde-se que a empresa Apeadeiro 2020, de José Alegria – que é, em simultâneo, funcionário da própria CP –, acabaria por comunicar, no dia 28 de fevereiro, que não tinha condições para continuar a pagar os salários aos seus 130 trabalhadores. Ao mesmo tempo, o empresário apresentou uma baixa médica na CP, e desapareceu sem deixar rasto nem mais explicações. De um dia para o outro, os cafés e bares dos comboios tiveram de fechar.

Mas há mais: entre agosto de 2021 e fevereiro de 2023, a Apeadeiro 2020 terá recebido perto de €1,8 milhões da CP (ao ritmo de cerca de €95 mil/mês), no âmbito do contrato em vigor. Apesar deste montante e das receitas do negócio, que terão disparado em 2022 (superando, até, níveis pré-Covid), a empresa acumulou uma dívida milionária a rondar os €900 mil às Finanças, Segurança Social e fornecedores.

Trabalhadores em vigília

Privada do serviço contratado, sem respostas positivas de José Alegria e no meio de ruidosos protestos dos trabalhadores – que se mantiveram ligados em manifestações e vigílias à porta das principais estações de Lisboa e Porto –, a CP avançou para a rescisão do contrato e lançou novo concurso extraordinário, que resultou na adjudicação do serviço à Newrail, anunciada no passado dia 20 de abril.

Conforme estipulado no contrato, todos os 130 trabalhadores foram integrados no novo prestador de serviços. No dia 4 de maio, 65 dias depois do colapso do serviço, os café e bares a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades voltaram a funcionar.

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