Quantos mais ucranianos e russos terão de morrer até que se encontre um caminho para a paz? Que outras manifestações, criticando os gastos europeus no apoio ao povo ucraniano terão de existir na Europa, para os governos entenderem que os europeus estão a ficar cansados de apoiar esta guerra interminável, sem resultados que favoreçam a vitória ucraniana?
Passaram dois anos de mortes na Ucrânia, após a invasão das tropas russas. A guerra já começara em 2014, com a tomada pelos russos da Crimeia, após o falhanço dos acordos de Minsk: A Ucrânia concedia autonomia às duas regiões separatistas – Donetsk e Lugansk – em troca da recuperação da fronteira leste, com a Rússia.
Apenas um em cada dez europeus acredita que a Ucrânia pode derrotar a Rússia, de acordo com uma sondagem feita na União Europeia. Realizada em 12 países da UE – incluindo Portugal, França, Alemanha, Hungria, Itália, Países Baixos, Polónia, Espanha e Suécia – a sondagem concluiu que o pessimismo sobre o resultado da guerra estava a ser alimentado pela contra ofensiva falhada da Ucrânia, por uma potencial mudança de política dos EUA e pela possibilidade de Donald Trump chegar à Casa Branca.
Segundo um estudo, publicado há poucos dias, do Centro de Estudos Internacionais de Kiev, 70% dos Ucranianos desejam que a guerra acabe e se chegue a um compromisso . Em 2022 era o inverso.
Tudo indica que quanto mais tempo passar, mais os russos irão consolidando posições, até atingirem os seus objetivos. E as sanções pouco ou nada influenciam a economia capitalista russa, antes criam mais apoio a Putin. As sanções nunca ganharam nenhuma guerra!
O governo de Zelensky treme, com convulsões internas, fragiliza-se.
O chamado Ocidente Alargado, que inclui os EUA, a Europa e alguns outros países, sentem-se cada vez mais isolados e compreendem as suas contradições e incongruências: há um ano os russos nem botas de combatente tinham, agora já colocam a hipótese da Rússia invadir a Polónia, “vir por aí abaixo”, sabe-se lá, até Portugal!
Entretanto, Israel continua a massacrar o povo palestino. “Por favor evitem fazer bichas entre os civis”, sussurram hipocritamente os EUA e seus aliados. Mas o grito do chamado Sul Global, que engloba o anteriormente designado terceiro mundo ou países em desenvolvimento, muitos deles libertados do colonialismo, cada vez está mais firme, unida e forte.
Nasce uma Nova Ordem Mundial.