O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou de forma enfática que “não há lugar no Médio Oriente que não possa ser alcançado por Israel”, numa clara demonstração do poderio militar do seu país. Estas declarações surgem num momento em que o Exército de Israel prossegue os bombardeamentos a alvos do Hezbollah no Líbano, num contexto de escalada de tensões na região.
Netanyahu fez esta declaração através de um vídeo divulgado em inglês, onde também dirigiu uma mensagem ao povo iraniano. O líder israelita acusou o regime de Teerão de alimentar o conflito e de mergulhar a região na escuridão da guerra, referindo que os aliados do Irão são eliminados diariamente pelos esforços militares israelitas. Nesse contexto, mencionou Mohammed Deif, o chefe militar do Hamas, que Israel alega ter assassinado em julho.
As palavras de Netanyahu surgem num momento em que o Irão, através do seu porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, assegurou não ter intenções de enviar combatentes para apoiar as forças do Líbano ou de Gaza contra Israel. De acordo com Nasser Kanani, o porta-voz iraniano, os governos desses territórios têm a capacidade de enfrentar o que designou como a “agressão do regime sionista”, e não necessitam de forças adicionais iranianas.
Entretanto, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, visitou a sede do Hezbollah em Teerão para prestar homenagem a Hassan Nasrallah, líder do movimento xiita libanês, cujo nome voltou a ser destaque nas notícias após a sua eliminação recente. O Hezbollah, aliado do Hamas, intensificou os ataques contra Israel desde o início de outubro, num gesto de solidariedade para com o grupo palestiniano envolvido numa guerra intensa com Israel na Faixa de Gaza.
O conflito entre Israel e os seus inimigos na região continua a inflamar as tensões, e as declarações de Netanyahu reafirmam a posição de força de Israel face a ameaças que surgem de múltiplas frentes.