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O campeonato dos pequeninos

Na contagem decrescente para as eleições de 18 de maio de 2025, os partidos posicionam-se para tentar conquistar a confiança e o voto dos eleitores. Foi isso mesmo que fizeram os partidos que procuram lugares no Parlamento. Alguns até tem propostas interessantes, mas a maioria não traz nada de novo e, talvez por isso, é que militam no campeonato “dos pequeninos”.

Esta terça-feira foi a vez de os líderes dos 12 partidos sem representação parlamentar estarem frente a frente num debate transmitido em exclusivo na RTP1 e RTP3. É o último grande debate antes da votação de 18 de maio. Todos criticaram a comunicação social por não “lhes darem voz”.

O Nós Cidadãos aponta boicote “de toda a comunicação social”. Joaquim Rocha Afonso refere a importância a nível autárquico do partido, que elegeu uma câmara “e ninguém soube”. “Quando o BE venceu em Salvaterra de Magos toda a gente embandeirou em arco”, criticou.

“Tenho pena que não tenha sido discutida neste debate a situação geopolítica e geoestratégica internacional em que Portugal está envolvido”, acrescentou.

O PTP fez questão de salientar que os “partidos não concorrem em igualdade”. Na sua intervenção final, Raquel Coelho, do PTP, frisa que “os partidos não concorrem em igualdade de circunstâncias”, acrescentando que “a cobertura da televisão, dos media, é um fator de discriminação”.

“Não há qualquer tipo de Justiça nisso”, lamenta. Para a candidata a imigração “pode ser uma solução para muitos problemas do nosso país”, contestando os discursos que a penalizam.

Já o Partido da Terra quer apostar na “felicidade das pessoas” para “inverter ritmo do êxodo dos portugueses”

O vice-presidente do Partido da Terra (MPT) defendeu que as pessoas são a grande riqueza do país e que é necessário proporcionar melhores condições de vida, políticas de saúde e educação aos portugueses para “inverter o êxodo dos portugueses desde o tempo da Troika”.

O Ergue-te, pelo contrário, defende “deportação imediata de todos os imigrantes que não estejam a trabalhar”

O presidente do partido ultranacionalista de extrema-direita, Ergue-te, defendeu que deveriam ser deportados imediatamente “todos os imigrantes, não apenas os criminosos, não apenas os que estejam ilegais, todos os que não estejam a trabalhar”, citando o Brasil e o Dubai como exemplos a seguir.

Por seu turno, o Volt quer mobilizar cerca de 34 mil casas que estão construídas e estão paradas, salientando que a habitação é uma das prioridades do partido. “Não podemos estar nesta conversa de 50 mil ou 60 mil casas que o PS ou o PSD nos arrastam”, afirmou Duarte Costa, defendendo que em paralelo com a construção de casas é preciso aliviar já a pressão na habitação.

O Volt quer mobilizar cerca de 34 mil casas que estão construídas e estão paradas, na posse dos bancos ou do estado. Propõe, por isso, negociar com estas entidades para disponibilizar estas casas.

Ao mesmo tempo, o Volt acredita que o Estado deve criar uma “via verde de licenciamento para projetos que tragam mais oferta acessível” na habitação às cidades.

Impostos

Para o PCTP/MRPP, o único movimento partidário que tem um passado histórico que remonta aos anos de 1970, quer substituir todos os impostos por um único sobre os rendimentos e a riqueza

O PCTP/MRPP defende a eliminação de todos os impostos que existem atualmente e a sua substituição por um único imposto sobre os rendimentos e a riqueza.

João Pinto justificou a medida com o “intrincado” sistema fiscal que “permite às grandes empresas fugirem aos impostos”. “Tem de haver especialistas fiscais para fugir aos impostos, é o que as grandes empresas fazem. Existe um intrincado sistema fiscal”, sublinhou.

À direita, a Nova Direita diz ser possível ter energia nuclear em Portugal. Júlio Gougerl Ferreira considera “importante criar riqueza” e acredita que é possível fazer isso. “É possível, em relação à soberania energética, ter energia nuclear, com investimento estrangeiro e é uma energia limpa”, assume.

“Nós não somos iguais, estamos aqui para lutar pelo país, nós amamos o nosso país”, disse, apelando ao voto na Nova Direita.

Filipe Sousa, do JPP, afirma que todos os dias se confronta com as dificuldades reais das famílias, afirmando que “o estado não sabe o verdadeiro peso do IVA no cabaz das famílias”.

“O Estado falhou e o sistema está completamente falido”, refere, defendendo que é necessário reduzir a carga fiscal sobre o rendimento das famílias.

No setor da habitação, o RIR defende que o mercado de arrendamento tem de ser “apetecível”, o que não é possível neste momento, lembrando as despesas dos senhorios que tornam pouco compensador alugar casas com rendas mais baixas.

Márcia Henriques exige ainda mais celeridade na Justiça, uma vez que os senhorios não podem” estar à espera dois ou três anos por uma ação de despejo”.

A candidata do RIR defende ainda apoios à natalidade, porque “temos menos portugueses a nascer cá”.

Joana Amaral Dias, uma clássica que vem da extrema esquerda para a extrema direita, denuncia uma matéria “que nenhum partido da Assembleia da República fala”. “São 13 mil milhões, o segundo maior ministério é um verdadeiro orçamento fantasma”.

Com este dinheiro era possível ter um SIRESP “que funcionasse”, uma ADSE “para todos”. “Precisamos de uma reforma completa”, defende.

Já o Partido Liberal Social quer reforçar a democracia e reformar o ensino. Na sua última intervenção do debate, José Cardoso apresentou a estratégia do Partido Liberal Social, estreante nestas eleições, focado em cinco áreas com 12 medidas paradigmáticas, entre elas a necessidade de reforçar a democracia com a aposta no voto eletrónico e de reformar o ensino com uma aposta na literacia.

PPM defende uma reforma da justiça

O secretário-geral do PPM defendeu uma reforma da justiça, apontando várias preocupações do partido com as escutas, “queixas anónimas” e a independência do Ministério Público.

O Volt defendeu um SNS mais eficiente e acessível. Duarte Costa observou que a saúde é um dos problemas que mais preocupa os portugueses e defendeu que é necessário tornar o Serviço Nacional de Saúde mais eficiente e acessível. O Volt propõe a valorização dos profissionais de saúde, o aproveitamento de profissionais de saúde como os médicos tarefeiros, a digitalização do SNS e ainda a aposta na saúde preventiva.

O Volt quer dar condições de trabalho mais dignas aos profissionais de saúde para conseguir que estes regressem não só ao SNS, mas também ao país para que emigraram, entre as quais a possibilidade de progressão na carreira e oferta formativa contínua.

João Pinto, candidato do PCTP/MRPP, critica o aumento da despesa em Defesa, afirmando que a educação e saúde serão setores penalizados.

“Quando se destina uma parte do orçamento para o que chamam de defesa, não é para não utilizar as armas, é para as utilizar. E isso vai cair sobre a habitação, a educação e a saúde”, disse.

O planeamento da economia, defendido pelo partido, “é uma condição para o desenvolvimento”. “Tem-se visto de forma evidente que quando há planificação ele acontece”, afirmou. Desafiado por João Adelino Faria a dar exemplos, João Pinto assume que “correu bem durante um certo tempo”.

Júlio Gourgel Ferreira, candidato da Nova Direita (ND), considera que a habitação é uma “emergência nacional” e apresenta soluções como a construção modular. “Precisamos de construir mais”, apelou.

Em relação à imigração, o partido defende que “se deve dar prioridade à lusofonia”.

Insularidade

O JPP, que só concorre pelo círculo eleitoral da Madeira, quer uma estrutura de missão para estudar os custos da insularidade. Filipe Sousa diz que o JPP quer a constituição de uma “estrutura de missão” que permita aferir os custos da insularidade.

O madeirense lamenta que todos um comando centralizado dos principais partidos faça com sejam alheios à realidade dos custos de vida nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

RIR quer horários prolongados nas escolas e melhor gestão na Saúde do Estado

Márcia Henriques, do RIR, afirma que “temos portugueses de primeira e portugueses de segunda”, por exemplo na Educação, defendendo a importância de ter horários prolongados.

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