O Jacinto de Água é uma planta aquática da família Pontederiaceae. espécie invasora na península ibérica. Nas regiões onde a planta é invasora não existem organismos que se alimentem desta espécie, levando ao seu desenvolvimento exponencial.

O parágrafo anterior será esclarecedor para todos no final.
Nascido em terra de homiziados pelos alvores da década de sessenta, o Inginheiro, sempre foi imaginativo, manipulador e sempre adorou estar com quem lhe pudesse trazer benefícios directos, aprendeu desde tenra idade a ser um verdadeiro feijão frade, de resto a única agricultura que praticou ou é conhecedor. Quando ainda andava de cueiros, conheceu a fórmula de enganar este e aquele e sair sempre bem. Afinal numa terra que não tinha senhor, cada um tentava safar-se da melhor forma, sobretudo, enganando os das vizinhanças ou usando a morfologia e obtendo o sustento pelo contrabando ou pelas actividades venatórias ilegais. Havia sempre um guarda que precisava de sustento capaz em casa, havia sempre um guarda-rios a fechar os olhos a um dinamite no rio, havia sempre alguém a fazer desaparecer uns pinheiros pela calada.
Na terra de socialistas contudo começava a produzir boys, ora neste instituto, outra neste departamento, a concretização da descentralização tinha destas coisas. Terra onde todos se conhecem e onde os favores são para a vida uma vez concedidos, começava a emergir um conjunto de jovens, que mercê de aprendizagens várias, se juntavam embora com interesses antagónicos no geral convergiam num único ponto; a sede poder e de ser alguém.
O Inginheiro, tendo uma relação complicada com a escola e com as letras de uma forma geral, ocupava o tempo nas rádio para onde todos convergiam. Pirata do início, fazia com que a juventude tivesse algo para onde convergir, onde direccionar as energias, mas ao mesmo tempo proporcionava contactos importantes com gente de outros mundos.
Era uma Amizade
Como se pretendia tinham um mentor, bem mais velho, responsável por na grande cidade próxima incentivar os jovens a participarem no movimento associativo, também de cepa fina e almejando sempre mais, afinal como se verá depois tinha uns herdos a que era preciso pôr de pé e o curto salário de professor na época não dava. Entretanto o nosso jovem, perde-se de amores, não correspondidos mas que o fazem ver que terá de ter um outro mundo; mostrar à amada que é capaz.
A radio que se queria forte e muito capaz recebe a visita de um grande senhor de Lisboa que por ali aparece e diz que com ele será uma realidade, passar de uma rádio pirata e uma coisa legal e com tudo em dia. Dia de festa, dia de arromba, contudo teve um percalço; terra vizinha morava alguém com o mesmo desejo mas que tinha o poder de transmitir a um colateral do poderoso que ia decidir a importância do projecto apresentado. Revés anunciado, revés concretizado.
Ei-lo a caminha de ser um conhecedor das coisas plantadas, matricula-se. Seis depois fica tudo adiado, entra para o banco; primeiro como caixa, depois como comercial e de seguida como leitor de escrituras.
O amor tinha-se acabado e na terra havia uma moçoila, com a mesma tendência para as letras que ele, de larga família com posses, forjada no que a terra dava e nas noites de salto, mas que não era propriamente senhora do estatuto procurado pelo jovem. À falta de alternativa ficou-se por ali e fizeram ninho abençoado, embora com um percalço indesejável a qualquer um mas que tem sido superado a muito custo.
E o tal curso engenharia? Pois, por lá ficou com duas ou três cadeiras feitas durante um semestre.
Os interesses eram outros, primeiro a associação de estudantes, que não resultou, depois o partido, do punho obviamente e de seguida o almejado toque ao poder; torna-se amigo do senhor da terra, o feitor emergente, o autarca modelo, originário da sua aldeia imediatamente forjam uma aliança como só os excluídos e marginalizados são capaz de fazer.
Quando o senhor se muda buscando horizontes maiores e mais risonhos, ele consegue um lugarzinho de deputado; remunerado a senhas de presença, mas é um princípio.
É forjado o pacto!