O Livro do Raide sairá para as bancas em breve! 33 anos depois, chegou o momento de contar a história desta aventura, centenas de fotografias e vários textos em português, chinês, russo e inglês. Vamos dando notícias em OREGIÕES, até porque o seu diretor bem conhece o prazer da aventura e o silêncio do deserto!
Em 2020 festejámos os 30 anos da expedição, com uma página no facebook, que continua ativa e cheia de novidades. Em 2022 foi publicada uma Banda Desenhada, editada pela Associação Tentáculo, que resume a histórica façanha nas quatro línguas já referidas.
Três Mitsubishi Pagero, 10 companheiros portugueses, chineses e russos compunham a equipa. Foram 50 dias na estrada atravessando dois continentes, 22.000 km de maravilhas, poeira e problemas, assumindo a missão de promover a cultura de Macau. Da Ásia à Europa fomos oferecendo livros e organizámos exposições bibliográficas em diversas bibliotecas e distribuímos lembranças pela população e autoridades locais que nos acolhiam. Tive alguma contribuição para esta divulgação, contatando entidades de Macau ligadas à cultura.
Um grave acidente não criou problemas de maior, pois a sabedoria do médico do GPM, Fernando Silva, e as qualidades mecânicas do António Teixeira e do Mário Sin tudo resolveram.
James Jacinto, realizador cinematográfico da TDM, acompanhado pelo operador de câmara Há Son e o ajudante Filipe Kuan, filmaram toda a viagem e prepararam o Filme do Raide.
Dois jornalistas russos, Igor Lomakin e Serguei Moiseev, transmitiram notícias e diretos para a Rádio Moscovo e o Jornal Público. A expedição foi integrada na Comemoração dos 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.
Pela primeira vez, viaturas particulares estrangeiras atravessaram a Ásia Central pela China e diversas repúblicas da URSS, países então em convulsão. Esta aventura só foi possível pela perseverança do António Calado e pela reputação que o Mário Sin, presidente do ACM, tinha e tem em Macau!
Desde 1990, outras expedições têm tentado trilhar caminhos semelhantes ao nosso, mas apenas em 2010 tal foi conseguido: Alfredo Cerejo comandou a expedição que, saindo de Leiria, palmilhou 20000 km para participar na EXPO 2010, em Xangai.
Seguiram-se,
Hélder Serôdio mais dois amigos conduziram 3 BMW R1200GS de Lisboa a Pequim e volta, atravessando a Mongólia, em 2015. Foram 27000 km.
Miguel Jari, em 2016, acompanhado de um português e um espanhol, percorreram 14.000Km por 18 países, até à Mongólia, numa viagem de intercâmbio cultural e dimensão solidária.
Curiosamente, 33 anos depois e 4 dias antes de nós (nós arrancámos em 27 de julho de 1990), partiu de Lisboa a expedição Engata a Primeira, grupo de amigos que, em nome da caridade, vão de Portugal à Mongólia num carro com quase 30 anos.
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