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O míssil português

Vladimir Putin, Encarregado de Educação e Negócios da Rússia, decidiu dizer ao mundo que se lhe apetecer usar armas nucleares, usa. Fê-lo daquela forma dramática e cinematográfica que tem tudo para ser amada: corredores enormes com um homem só, como se conquistasse o tapete. Candeeiros monumentais. Salas cheias de arte e de bom gosto. Fato de corte impecável. Putain descende directamente de Edgar P. Jacob, é uma figura de Blake&Mortimer, numa aventura de banda desenhada sublime, é um jogador contra Bond. Putin deve cheirar bem. Às vezes merece a pena perder uns minutos nestas coisas. Vladimir Putin tem de cheirar bem, mas não com os aromas agressivos de Old Spice ou Musk. O organizador doméstico Russo de ter o seu perfumista, que lhe raspa, no início de cada estação, um pouco de pele e, passo seguinte, se entrega à alquimia dos aromas. Por fim aparece em Moscovo, de carroça, com um jarro do perfume suave e ambíguo que Putin usará até haver sol e flores.

Foi este homem que acordou o estremunhado ocidente a dizer que tinha assinado um papel onde estava escrito que podia mandar bombas nucleares quando lhe desse no capachinho. Esta semana os ululantes canais de notícias excitaram-se e berravam comentários sobre o sucedido. “Ai que o menino é mau”; “Ai que o menino é bera”; “Ai que o menino quer bater-nos”. A ladainha de sempre, sempre sem conclusões.

O dito papel, pasme-se, foi redigido e aprovado no parlamento Russo em Setembro. Ninguém viu? Não há uma agência de espiões que leia o Diário da Oligarquia? Parecia surpresa e pavor. Mas era vapor, apenas. A Rússia, desde que está sem a grade ursa, entregue aos Putain, pode usar as armas todas que tem quando bem lhe apetecer. Não há acordo internacional que resista. Não há bela sem senão. Em Janeiro toca o pandeiro. Quem vai ao mar teu amigo é. Isto é: há alguma alma, penada ou depenada, que pensasse ainda que um papel dos anos 80 detinha Moscovo de atirar a bomba que quisesse?

Nada. Nenhum. E agora com as Legiões Estrangeiras a ajudar, mais livre se sente o Kremlin para PUM, onde quer que seja.

Do outro lado o Marques Mendes Ucraniano, sempre com roupas novinhas da Shein e da Vinted, depois de ter vendido todos os terrenos de cereais ao tipos norte-americanos, anda contente. Já não tem a próstata bélica contida e pode ir até 300 quilómetros. Epá! Trezentos quilómetros é uma coisa realmente importante. Pode atacar a importante cidade de… Hummm… Ehhhh…. Trezentovski? Ah, esperai, era parra irritar o cadeirista Russo. A seguir vem mais uma chuva de dinheiro dos Estados Unidos, antes Trump tome posse e reconheça a grande Rússia, já com a Ucrânia, a Bielorrússia e a Hungria agregadas, mais uns países que calhem.

A solução deste conflicto está, infelizmente e sempre, em Portugal. Temos notícia de que o novo “SAN1”, acrónimo de “Sanita Atacante Nacional” já está em testes. O primeiro míssil-sanita atingiu um carro-patrulha da PSP, na Amadora, na noite de anteontem. Já ontem se soube que o encontro entre Nuno Melo e o Almirante seringa, no afamado bar Cockpit, foi para testar um SAN1. Primeiro sentou-se o ministro da Defesa, depois o Almirante que, tendo levado ao extremo o míssil, o aprovaram. Contactadas as fábricas, devemos enviar aos beligerantes cerca de 17 mil SAN1, muitos deles portáteis.

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Joao Vasco Almeida
Joao Vasco Almeida
Jornalista 2554, autor de obras de ficção e humor, radialista, compositor, ‘blogger’,' vlogger' e produtor. Agricultor devido às sobreirinhas.

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