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O pequeno poder podia morrer

O pequeno poder é o que mais irrita. Pode vir de pessoas pequenas, dos putos, ou de pessoas grandes, os chefes e directores e polícias e comissários e inspectores e o raio que os parta.

O pequeno poder dos putos é a birra. Não há melhor maneira de acabar com a birra do que deixar a birra ir até ao fim, choro convulso e a criancinha a servir de mopa no chão da rua ou do centro comercial. Quando acaba, porque topa que não pescou ninguém para a fita, levanta-se e começa à procura dos adultos. Aqui, mede-se bem o tempo e lá se aparece, pegando na mão do catraio, pondo-o ao colo, até deixar que adormeça. É um exercício de paciência básico, mas basta fazê-lo duas ou três vezes. Acabam-se logo as birras.

Ora, a semana passada mandei para o PS e para o PSD um pedido de informação sobre a altura e o peso de Pedro Nuno e Luis Montenegro. A ver se, depois da birra que estão a fazer sobre o Orçamento, os podia deixar a estrebuchar no chão e, então pegá-los ao colo, dar festinha na cabeça e enfiá-los na cadeirinha do pobre carro. Duas voltinhas às rotundas de Viseu e acabavam logo a dormir. Quando se chegasse a casa, comiam um iogurte e lá pintavam a meias um desenho do Pokémon.

Pegava naquilo, ia ao Presidente da Assembleia, e entregava como se fosse o Orçamento. Aguiar Branco, que lá no beco do Branco (um beco que tem no cérebro, onde ninguém vai, mas que existe), ainda pensa ser candidato a PR, aceitava o Pokémon e dava ao Marcelo. E este ia a voar marcar o número das eleições antecipadas (que é o 707 215 215) e pronto. Circo montado.

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Mas o pequeno poder de nos lixar a vida e andar a brincar ao mimo, deu nesta alhada dos comunicadozinhos, dos comezinhos insultos, das carpideiras da Lapa e do Rato – para a qual não há paciência e apenas demonstra a idade mental de ambos pequenos líderes. Entregues a imberbes, dá nisto.

Ora, o pequeno poder não se vê apenas nisto. Vê-se na polícia, que pode perfeitamente não passar a multa, mas espreme ao tutano da pachorra o condutor, para demonstrar que a farda lhe confere poder máximo. Um, um dia, disse-me um – e há quatro testemunhas disto -. “Eu sou a lei”.

Gargalhada geral dentro do pequeno carro. Lá o avisámos que ele não era a lei, não tinha sido proposto por governo ou aprovado em assembleia nenhuma, que não passava de um amanuense da lei. E quando levou (eram quatro da manhã, já podíamos), quando levou com os cartões da Ordem dos Advogados, de um Juiz, de dois Jornalistas – pobre homem, era vê-lo a correr de fininho na motorizada, estrada fora. Ora, nós, os idiotas, também usámos o pequeno poder contra o pequeno poder. É a forma de entenderem.

Contam-me amiúde que, nas autarquias, o drama está cada vez pior. Os chefes eleitos pensam que os funcionários públicos só querem é dinheiro e que se estão marimbando para a motivação, produtividade, vida feliz. Nas autarquias e não só. Nas PME, nas empresas do Estado, nos cantos e becos, como tem o Aguiar na cabeça. Tratar os portugueses que se batem por um punhado de dólares e são infelizes como avestruzes no que fazem não comporta comportamentos como os do

Luisinho e do Pedrinho. Pronto, não há liderança inteligente. São todos uns papalvos os “superiores” – só a palavra devia assustar.

Mas descobri há dias uma bela aplicação de telemóvel. Chama-se Otelo Saraiva de Carvalho, mas com seu nome de guerra. Faz limpezas, conserta coisas em casa, empreende mudanças.

Vou marcar, para São Bento, para a sede de Governo, para o Rato, Lapa, enfim. Limpeza de fim de Verão. A ver se me dizem que está limpo ou precisa de uma limpeza ainda mais profunda. Pobre Oscar…

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Joao Vasco Almeida
Joao Vasco Almeida
Jornalista, autor, (pré-agricultor).

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