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O reforço da Nova Ordem Internacional

Que invenção é essa? Como podem os EUA, baluartes da democracia mundial e seus defensores, alguma vez poder ser substituído, ultrapassado, por outros países?

Uma coisa é certa: já vivemos num mundo multipolar, onde o Ocidente se constitui como o principal motor portador de futuro. Poderíamos apresentar vários exemplos, mas dispensamo-nos de demonstrar que a nível económico ou tecnológico os EUA já foram ultrapassados, ou para lá se caminha, por outras potências, designadamente as que fazem parte dos BRICS: Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul. No final de outubro realizou-se em Kazan, na Rússia, a 16.ª conferência anual da organização com a entrada oficial de mais 5 países: Arábia Saudita, Irão, Emiratos Árabes Unidos, Egipto e Etiópia. O G7 é formado pelos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá. Se compararmos o peso do G7 e dos BRICS no PIB mundial, estima-se este ano que o G7 será de 29,64% contra 35, 43% dos BRICS.

Entre as muitas questões abordadas no texto da Declaração de Cazã, sublinha-se a defesa da utilização de moedas nacionais em transacções entre os países que integram o bloco e os seus parceiros comerciais. Até agora, praticamente todas as trocas comerciais eram efetuadas em o “Dollars”.

É esta a realidade, só não vê quem quer. Entre os diversos países que constituem o G7 ou os BRICS, bem como entre as diversas nações do resto do mundo, os regimes políticos são diversos e não nos iremos a gora debruçar sobre isso. Seja no tal ocidente alargado (veja-se Israel e por quem é apoiado, as Filipinas ou os EUA de Trump, entre outros) seja entre as potencias emergentes (Rússia, Irão, Coreia do Norte, p. ex.), há países com regimes políticos que merecem, em muitos aspetos, criticas. Mas sanções e juras de destruição desses “eixos do mal” nada resolvem. Cada país tem direito a resolver os seus assuntos internos da forma que entender.

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Guerras espreitam ou alastram, adivinham-se crises climáticas, pandemias emergentes, riscos de descontrolo tecnológico, como é o caso da IA ou das biotecnologias. No entanto, o chamado Ocidente alargado agarra-se a um mundo ultrapassado, negando criatividade e inteligência a povos, que antes por si foram colonizados e subjugados.

Se os povos não cooperarem, será difícil fugir do caminho para a guerra. Apenas reforçando a cooperação para a estabilidade e a segurança mundial e regional se encontrará a Paz.

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Joaquim Correia
Joaquim Correia
“É com prazer que passo a colaborar no jornal Regiões, até porque percebo que o conceito de “regiões” tem aqui um sentido abrangente e não meramente nacional, incluÍndo o resto do mundo. Será nessa perspectiva que tentarei contar algumas histórias.” Estudou em Portugal e Angola, onde também prestou Serviço Militar. Viveu 11 anos em Macau, ponto de partida para conhecer o Oriente. Licenciatura em Direito, tendo praticado advocacia Pós-Graduação em Ciências Documentais, tendo lecionado na Universidade de Macau. É autor de diversos trabalhos ligados à investigação, particularmente no campo musical

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