Morreu Joaquim Carlos Lixa Passarinho, na madrugada desta terça-feira, aos 66 anos, na sua residência, em Castelo Branco. Pessoa bastante conhecida e estimada na cidade, Joaquim Passarinho distinguiu-se como um dos melhores alunos do Liceu de Nuno Álvares, onde ainda chegou a leccionar, exercendo as funções tutoriais, orientando e ajudando colegas, por indicação dos órgãos directivos daquela reputada instituição escolar.
Após o golpe militar de Abril de 1974, e em pleno período revolucionário, protagonizou, junto da comunidade estudantil do distrito de Castelo Branco, um papel liderante e activo, inspirado na defesa moderada dos valores da democracia. Concluídos os estudos liceais com as mais elevadas classificações, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi colega e companheiro de António Costa, futuro primeiro-Ministro, tendo também ali assumido um lugar de destaque no movimento político estudantil, aproximando-se do Partido Socialista e de Mário Soares. Em Lisboa, frequentou os círculos culturais e políticos da cidade, sendo responsável por diversas iniciativas junto da comunidade universitária, sem nunca perder a ligação ao Distrito de Castelo Branco e aos núcleos socialista do fundão e da Covilhã, onde conviveu com António Guterres e com José Sócrates.
Após o período universitário, afastou-se da política activa, e decidiu regressar a Castelo Branco, para se dedicar à actividade profissional, tendo chegado a ser Funcionário de Ministério da Justiça, de onde saiu por motivos de saúde. Natural de Coruche, residia actualmente em Castelo Branco, cidade onde passou parte substancial da sua vida, tendo ultimamente dedicado os seus dias à música, à leitura e à escrita. Desconhecem-se pormenores sobre as cerimónias fúnebres. À família e aos amigos, o ORegiões endereça os mais sentidos pêsames.