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Obras no centro histórico ameaçam realização da feira “Terras Templárias”

A realização da feira medieval “Terras Templárias”, prevista para os dias 18 a 20 de Julho, está em risco devido às obras de reabilitação em curso na zona envolvente ao castelo de Castelo Branco

Organizada pela Câmara Municipal, a recriação histórica atrai milhares de visitantes todos os anos e representa um dos principais eventos culturais e turísticos da cidade. No entanto, a intervenção urbanística em curso, que incide sobre o núcleo mais antigo do centro histórico, está a afectar os acessos, a segurança e o espaço disponível para a montagem das estruturas.

Segundo fonte da autarquia, «há constrangimentos sérios que estão a ser avaliados», nomeadamente ao nível da circulação de viaturas, da instalação de bancas e da criação de zonas de animação. A mesma fonte admite que, se não houver garantias técnicas nas próximas duas semanas, o evento poderá ser cancelado ou substancialmente alterado.

Impacto logístico e económico preocupa organização

A incerteza quanto à viabilidade do certame está a preocupar os expositores e associações locais envolvidas na organização. Em declarações ao nosso jornal, Ana Paula Reis, responsável por um dos grupos de recriação histórica, afirma que «há um investimento de meses que pode ser perdido». Vários artesãos e produtores regionais que participam habitualmente na feira manifestaram também preocupação com eventuais prejuízos, tendo já alguns solicitado esclarecimentos formais à Câmara.

A feira, que remonta a 2009, recria o ambiente templário com desfiles, torneios medievais, espectáculos de fogo, falcoaria, gastronomia de época e animação de rua. O certame decorre tradicionalmente no perímetro do castelo e ruas adjacentes, agora condicionadas pela obra.

Câmara ainda sem decisão definitiva

A Câmara Municipal de Castelo Branco ainda não confirmou a manutenção da feira nem divulgou alternativas. O presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues, garantiu, em resposta escrita, que «estão a ser estudadas todas as hipóteses, incluindo a relocalização parcial do evento», sublinhando que «a prioridade é garantir a segurança de todos os participantes».

As obras, financiadas por fundos comunitários, incluem a requalificação de pavimentos, melhoria de acessibilidades e valorização patrimonial da zona histórica. Iniciadas em Março, os trabalhos têm sofrido atrasos, em parte devido a achados arqueológicos imprevistos.

Possível decisão esta semana

A decisão final quanto à realização da “Terras Templárias” deverá ser anunciada até ao final desta semana. A indefinição lança dúvidas sobre a programação cultural de verão e ameaça comprometer um evento com forte impacto na economia local.

Entretanto, os moradores da zona antiga também manifestaram descontentamento com os transtornos provocados pelas obras, que coincidem com o período de maior afluxo turístico. «Estão a mexer na alma da cidade sem pensar no calendário», criticou um residente. Já os comerciantes locais temem perdas significativas caso a feira não se realize ou seja deslocada para fora do centro histórico.

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