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OPEP+ acelera aumento da produção: mais 411 mil barris por dia a partir de junho

A aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, aprovou um novo aumento da produção de petróleo em 411.000 barris por dia a partir de junho. Esta decisão surge na sequência de um aumento idêntico já concretizado no mês de maio, representando uma aceleração do calendário inicialmente previsto pela organização.

A medida foi adotada durante uma reunião virtual e contou com o apoio de oito dos 22 países-membros da coligação petrolífera. A informação foi avançada pela analista Amena Bakr, da consultora Kpler, através de um comunicado divulgado na rede social X.

A OPEP+ justificou este segundo aumento consecutivo com a necessidade de ajustar a oferta às condições atuais do mercado energético mundial, embora os efeitos práticos da decisão tenham sido imediatamente sentidos nos mercados. Na semana passada, os preços do petróleo bruto registaram quedas acentuadas, refletindo o receio dos investidores de que o aumento da oferta venha a exceder a procura, num contexto económico global já fragilizado.

Entre os fatores que têm pressionado o mercado petrolífero destaca-se a tensão crescente em torno da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos. O anúncio, há um mês, de novas tarifas alfandegárias por parte da administração de Donald Trump, seguido do seu adiamento por 90 dias e da escalada nas restrições às importações chinesas, introduziu uma dose significativa de incerteza nos mercados globais.

Este ambiente instável tem levantado dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia mundial, e, em particular, quanto à sua capacidade de manter os níveis de procura por petróleo bruto. Como reflexo destas inquietações, o preço do Brent, que no início de abril se situava nos 74,95 dólares por barril, apresenta agora uma queda de 18,23%, ou seja, menos 13,66 dólares.

A nova decisão da OPEP+ será analisada com atenção nos próximos dias, uma vez que poderá contribuir para um prolongamento da tendência de baixa nos mercados petrolíferos. Analistas alertam para a necessidade de equilíbrio entre a estabilidade do mercado e os interesses dos países produtores, num momento em que a conjuntura geopolítica e económica internacional permanece volátil.

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