Com um elenco de luxo o filme “Oppenheimer” é uma obra-prima do realizador Christopher Nolan. Não é científico nem de ficção. É um filme histórico que nos conduz, ao longo de três horas, pela vida do cientista que pensou a bomba atómica, pela política americana e questões éticas e morais do que foi a criação da arma mais mortífera. Muito oportuno de se ver no atual período de guerra em que vivemos. É uma obra que exige atenção.
A esgotar as bilheteiras portuguesas, com muitos estudantes e pessoas que procuram o conhecimento. No filme todas as atuações são muito boas com destaque para Emily Blunt que faz o papel de mulher e mãe dos filhos do cientista, aqui extraordinariamente representado pelo ator Cilian Murphy.
Neste filme passam os grandes cientistas como Albert Einstein assim como outras figuras históricas como o Presidente Truman que obrigou os japoneses a cederem numa guerra, usando a arma mais mortal até hoje utilizada, com consequências dramáticas cujos resquícios se mantém.
Christhofer Nolan soube absorver uma história e fazer dela um bom filme, em especial a abordagem da vida de Opennheimer antes, durante e depois da bomba. Evidência que o cientista r se arrependeu de sua criação.
A cinematografia e os efeitos sonoros são espetaculares, neste filme, provavelmente um grande candidato aos Óscares e que se destaca por uma abordagem dos problemas pessoais dos investigadores, retrato da política dos EUA no pós-guerra, início da guerra fria bem como de questões físicas, filosóficas e diálogos técnicos. Tudo se entrelaça de forma harmoniosa.
O êxito do filme, estreado em Londres em Julho, deu a oportunidade aos atores para alinharem com a greve, tendo abandonado a estreia e levado o seu realizador a dirigir-se ao público e informar que o elenco havia abandonado o evento em preparação para a próxima greve do SAG-AFTRA (Sindicato de Atores Americanos).