A Assembleia-Geral do Sport Lisboa e Benfica rejeitou, de forma categórica, o orçamento apresentado pela direção liderada por Rui Costa para a temporada 2025/26. O documento foi chumbado com 73,80% dos votos contra, num sinal claro de crescente descontentamento entre os sócios do clube da Luz.
O encontro decorreu no pavilhão n.º2 do Estádio da Luz, onde estiveram presentes 1.056 associados. Apenas 26,20% votaram a favor do orçamento, que previa um resultado líquido positivo na ordem dos 5,5 milhões de euros. Esta expressiva rejeição contrasta com os números do ano anterior, quando o orçamento para 2024/25 obteve 47,61% de votos favoráveis e 43,2% contra.
De acordo com os estatutos do clube, as deliberações em Assembleia-Geral requerem maioria absoluta dos votos dos sócios presentes para serem aprovadas, o que torna esta votação uma clara derrota política para a atual direção.
O chumbo do orçamento surge num contexto de grande agitação interna, agravando a contestação à liderança de Rui Costa, precisamente no ano em que se realizam eleições para os órgãos sociais. O ato eleitoral está agendado para 25 de outubro e já conta com três candidaturas oficializadas: João Noronha Lopes, Cristóvão Carvalho e João Diogo Manteigas.
Questionado sobre a possibilidade de se recandidatar, Rui Costa remeteu uma eventual decisão para depois da realização do Mundial de Clubes, assegurando que comunicará a sua posição antes do início da próxima época desportiva.
A rejeição do plano orçamental aprofunda as divisões internas no seio do clube e coloca pressão acrescida sobre a gestão encarnada, num momento em que se discutem não apenas finanças, mas também o futuro estratégico do Benfica.