Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS), subiu o tom contra o Governo, criticando a “agressividade” demonstrada por um executivo que, na sua opinião, deveria estar focado no futuro do país e na resolução dos seus problemas em vez de atacar o PS. Confirmando as informações previamente avançadas, Pedro Nuno Santos reiterou a disposição do PS em apoiar um orçamento retificativo que assegure os aumentos salariais acordados com os diferentes grupos profissionais da administração pública, caso o Orçamento do Estado para 2025 não seja aprovado.
Durante o encerramento da Academia Socialista em Tomar, o líder socialista não poupou nas críticas ao Governo, acusando-o de concentrar-se em “reescrever a história dos últimos oito anos” em vez de se preocupar com o futuro do país. Esta postura, segundo Pedro Nuno Santos, é inconcebível num momento em que o país enfrenta desafios que requerem uma liderança focada e proativa.
Pedro Nuno Santos fez questão de sublinhar que o PS não só está preparado para assumir a oposição, como está “pronto para o combate”. Neste contexto, reforçou a atitude de abertura e disponibilidade do partido para encontrar soluções maioritárias, exemplificando com o desbloqueio da eleição do presidente da Assembleia da República e a sua recente abertura para viabilizar o Orçamento de 2025.
Com estas declarações, Pedro Nuno Santos aumenta a pressão sobre o Governo, deixando claro que o PS não aceitará ser marginalizado e que está pronto para agir em defesa dos interesses dos trabalhadores da administração pública. A tensão entre o PS e o Governo sobe de tom, e a aprovação do próximo Orçamento do Estado surge como um teste decisivo à capacidade de ambos os lados de encontrarem um entendimento.