Dez jovens foram detidos por suspeita de crimes de roubos violentos, cometidos com armas brancas, nas imediações de escolas e em transportes públicos, informou um oficial da PSP, no final da operação levada a cabo, nesta quarta-feira, em Oeiras, Odivelas e Lisboa.
A operação visa o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliária e vários mandados de detenção e que está a ser desenvolvida pelo Comando Metropolitano de Lisboa, através da Divisão Policial de Oeiras.
Os detidos têm entre 16 e 20 anos e as suas vítimas também foram, sobretudo, jovens e crianças. “As crianças e os jovens são mais vulneráveis. É natural que não se ataque um adulto, quando está ali uma criança com um telemóvel topo de gama”, explicou a fonte oficial da PSP em conferência de imprensa.
Segundo a PSP, a ação visa acabar com a atividade criminal de um grupo de suspeitos que, com recurso à violência, têm roubado jovens nas imediações das escolas e nos transportes públicos, com maior incidência na área de Oeiras.
Munidos de facas, os suspeitos também atacavam as vítimas para as forçarem a dar-lhes códigos da aplicação MBWay e, a seguir, fazerem levantamentos em caixas ATM. A maioria dos ilícitos foram cometidos na zona de Linda-a-Velha, no concelho de Oeiras.
A PSP não tem registo de vítimas dos roubos que tenham ficado feridas, mas o seu porta-voz sublinhou que houve “pessoas que passaram por situações bastante complicadas”. “Algumas delas ficaram com medo de ir à escola”, contou.
Para já, a PSP aponta para crimes de roubo, de ofensas à integridade física e de sequestro.
A operação policial envolveu a realização de uma dúzia de buscas, em que foram apreendidas facas e vestuário roubado, entre outros bens.
Cinco dos 10 detidos foram encontrados na mesma residência, sem a supervisão de nenhum adulto. Dois dos detidos têm ente 16 e 18 anos, enquanto os restantes têm até 20 anos.
Alguns deles já têm antecedentes criminais com “alguma gravidade, disse a mesma fonte policial, informando ainda que a PSP empregou meios, nas detenções, que não permitiram “qualquer resistência”.
Os detidos vão ser interrogados por um juiz de instrução criminal de Cascais, para interrogatório e aplicação de medidas de coação, no dia de amanhã, quinta-feira.