O homem tinha cerca de 19 anos quando praticou vários crimes de roubo contra idosos, na zona do Alentejo e Algarve. Fazia parte de um grupo de jovens que se dedicava a enganar velhinhos através de diversos esquemas fraudulentos que tinham como objectivo roubar dinheiro e bens. Chegaram mesmo a usar identidades falsas em nome de entidades para convencer os idosos. As vítimas residiam em lugares isolados e montes do Alentejo e também no Algarve. A maioria dos crimes foi praticada no distrito de Évora.
Em 2000, o grupo foi identificado e a polícia conseguiu deter a maioria deles. Mas um fugiu. Os comparsas foram julgados e condenados a penas de prisão entre os 5 e os 16 anos.
O jovem delinquente que conseguiu escapar à operação policial andou foragido durante 22 anos e já estava considerado contumaz. Durante estes 22 anos, os comparsas cumpriram as respectivas penas e os idosos terão até já falecido.
O homem, hoje com 41 anos, usou várias identidades falsas para escapar à justiça, mas, 22 anos depois, decidiu baixar a guarda e regressar ao local dos crimes. Terá pensado que 22 anos depois já nem a polícia se lembraria dele.
Mas, neste caso não foi assim. A Polícia Judiciária de Évora localizou e deteve o indivíduo que, 22 anos depois, vai a tribunal responder pela prática de um furto qualificado, três crimes de roubo, um deles tentado e falsificação de documentos.