Hoje há poema. Melhor, há quadras soltas para uma musiquinha que não existe. É sexta, é fim de semana, já arrumei no armário o Orçamento de Estado, o Ventura, o PNS e a Mala, perdão, a Carteira de Jornalista (a minha é a 2554, já se torna perigoso um gajo ir para velho, que as novas são acima dos 11000…). Vá, pegai nas violas, nas gaitas e nas sanfonas. Vamos a isto!
Mote: O homem tinha uma navalha
É do céu a Laurindinha
Se seu amor a salvar
É do trigo a padeirinha
Se não perde seu lugar
É da gente a nossa gente
Ai! se não souber calar
Este descontentamento
Que ‘stá ‘gora a começar
Veio um homem com navalha
O sangue veio a cortar
Arruma toda a alminha
Num banquinho lá do mar
Arruma toda a alminha
Num banquinho lá do mar
Hoje há amora verde
Amanhã já as colheram
Ficam os picos p’ra gente
Pra gente que lhes deu terra
Lá vai o meu querido amor
Pró escritório labutar
Nem tem pingo de suor
Já o souberam secar
Veio um homem com navalha
O sangue veio a cortar
Arruma toda a alminha
Num banquinho lá do mar
Arruma toda a alminha
Num banquinho lá do mar
Anda aí a ladroagem
Da porta tira-se a chave
Mas a boa malandragem
Bota pus e lá a abre
Se falecessem no mar
Como os navegadores
Só se perdia o escorbuto
Mas voltavam os amores