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Portugal Celebra 51 Anos do 25 de Abril com Sessão Solene, Homenagens e Desfile Popular

Portugal assinala hoje o 51.º aniversário da Revolução dos Cravos com um programa que combina solenidade e memória histórica. Apesar do luto nacional decretado pelo falecimento do Papa Francisco, as comemorações prosseguem com algumas adaptações, mantendo viva a celebração dos valores de liberdade, democracia e justiça social

Sessão Solene no Parlamento com Homenagem ao Papa Francisco

A sessão solene na Assembleia da República decorreu esta manhã com início às 10h00, e teve início com a leitura de um voto de pesar pelo falecimento do Papa Francisco, seguida de um minuto de silêncio. Apesar do Parlamento se encontrar dissolvido, a cerimónia foi mantida e decorreu com poucas alterações face aos anos anteriores.

Discursaram várias figuras representativas do arco parlamentar, incluindo Teresa Morais, antiga ministra e atual vice-presidente da Assembleia da República pelo PSD; Inês Sousa Real, deputada única do PAN; Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS; e António Filipe, deputado do PCP. Cada intervenção trouxe à tona diferentes perspetivas sobre o estado atual da democracia portuguesa e os desafios futuros, sublinhando a importância da participação cívica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a importância simbólica de manter a celebração no Parlamento, afirmando que “a casa da democracia é a Assembleia da República” e que “faz todo o sentido” que a cerimónia decorra nesse espaço. Pedro Nuno Santos, líder do PS, reforçou essa posição ao afirmar: “Não há nenhuma razão para que não se celebre o 25 de Abril na Assembleia da República.”

No encerramento da sessão, a banda da Guarda Nacional Republicana, posicionada nos Passos Perdidos, executou o Hino Nacional, encerrando a cerimónia com o tradicional simbolismo e solenidade.

Desfile Popular e Vozes de Abril

Durante a tarde, Lisboa acolhe o tradicional desfile popular na Avenida da Liberdade, promovido por várias entidades com a Associação 25 de Abril à cabeça. O cortejo parte do Marquês de Pombal e segue até aos Restauradores, reunindo milhares de pessoas em homenagem à revolução que devolveu a liberdade ao país.

O presidente da Associação 25 de Abril, o Capitão de Abril Vasco Lourenço, lamentou que o dia de luto coincida com a data comemorativa, considerando que, se o Papa Francisco tivesse sido militar português em 1974, “decerto seria um Capitão de Abril”, pela sua defesa contínua da liberdade, paz, democracia e justiça social. Ainda assim, apelou à ampla participação popular no desfile, considerando o momento “essencial para reafirmar os valores de Abril”.

Esclarecimento do Governo e Adiamento de Festividades

Na véspera das comemorações, o Governo esclareceu que o decreto que instituiu o luto nacional não impõe qualquer restrição às celebrações do 25 de Abril, limitando-se a determinar a conduta dos membros do executivo. Segundo comunicado da Presidência do Conselho de Ministros, as atividades de outras entidades públicas ou privadas não estão abrangidas por obrigações de suspensão.

Dessa forma, o programa festivo previsto para a residência oficial do Primeiro-Ministro foi apenas adiado para o dia 1.º de maio, e não cancelado. Nessa data, espera-se que os jardins da residência oficial estejam abertos ao público, com concertos e atividades culturais — entre eles, uma atuação de Tony Carreira.

Atividades no Palácio de São Bento

Ao longo da tarde, o Parlamento abre portas ao público, com visitas guiadas, espaços de atividades para crianças, momentos musicais e a inauguração da exposição “A Nós a Liberdade”, uma homenagem à pintora Maria Helena Vieira da Silva. A mostra celebra os valores de cidadania e liberdade através da arte, refletindo o espírito da Revolução dos Cravos.

As celebrações do 25 de Abril de 2025 mostram a resiliência da democracia portuguesa e a maturidade das suas instituições. Mesmo num contexto de luto, o país encontrou forma de honrar tanto o legado de Abril como a memória de uma figura mundialmente respeitada como o Papa Francisco, sem renunciar aos princípios que há 51 anos devolveram a liberdade ao povo português.

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