Lisboa e São Tomé — Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram, na semana passada, um acordo de cooperação financeira que garante um empréstimo de 15 milhões de euros ao país africano, numa tentativa de ajudar a enfrentar a sua delicada situação económico-financeira. O acordo foi formalizado em Lisboa, pelo ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe.
Numa declaração oficial, o ministro são-tomense salientou a importância deste apoio, explicando que o empréstimo é crucial para fortalecer as reservas financeiras do país, que se encontram em níveis muito baixos desde o final de 2022. A economia de São Tomé e Príncipe tem sido fortemente afectada pela alta inflação, pela estagnação económica e pela diminuição dos financiamentos externos e donativos de outros países. Este cenário agravou ainda mais as dificuldades, levando o governo a iniciar negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um acordo que permita captar novos recursos.
Segundo o ministro Gareth Guadalupe, o entendimento com o FMI será essencial para a implementação de reformas estruturais que visam promover um crescimento económico sustentável no arquipélago. Essas medidas são vistas como vitais para a recuperação e estabilização financeira de São Tomé e Príncipe, que tem lutado para honrar os seus compromissos internacionais.
Em Portugal, o governo divulgou uma nota oficial a sublinhar a relevância do empréstimo, afirmando que este apoio reafirma a forte relação de cooperação e solidariedade entre os dois países. A mesma nota acrescenta que o financiamento português será direcionado para ajudar São Tomé e Príncipe a ultrapassar os desafios económicos que enfrenta.
O Ministério das Finanças português, no entanto, não ofereceu mais detalhes sobre o contrato de empréstimo ou sobre as condições associadas ao acordo.