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Probióticos e fermentados – Os alimentos pró-vida

Kefir, tibicos, kombucha, Jun, chucrute, kimchi, kvass são só alguns exemplos de probióticos que existem. Normalmente, não os encontramos facilmente à venda em supermercados ou lojas. E ainda bem, porque quanto mais artesanal for a forma de fermentação destas culturas ‘do bem’ mais benefícios nos concederão. Para além de serem sustentáveis, estes alimentos orgânicos aumentam a absorção de nutrientes e dão um ‘boost’ incrível à nossa saúde.

Historicamente, os probióticos e fermentados caseiros já existem há milhares de anos e as pessoas costumavam consumi-los através de alimentos frescos vindos diretamente da terra e de alimentos fermentados. Os fermentados eram umas das formas de conserva que muito se utilizavam.

Os probióticos, micro-organismos ativos (na maioria dos casos, bactérias), são definidos enquanto alimentos ricos em boas bactérias que se assemelham às boas bactérias que já estão presentes na nossa flora intestinal.

Na verdade, os probióticos estão presentes no nosso organismo desde o momento que nascemos. Através do canal vaginal durante o parto, o bebé é exposto às bactérias da sua mãe pela primeira vez. Isto desencadeia uma série de reações no trato gastrointestinal do bebé começando a produzir bactérias benéficas.

Quando pensamos em bactérias, pensamos normalmente em bactérias más, no entanto, as bactérias probióticas ajudam as funções do nosso organismo a funcionar em pleno. No nosso intestino existem 2 tipos de bactérias: as bactérias benéficas e as bactérias patogénicas.

Ambas são necessárias ao funcionamento do nosso intestino, no entanto, para obtermos uma boa saúde, é fundamental que as bactérias boas sejam sempre superiores às más. Este rácio deve ser de 85% para as bactérias boas e 15% para as bactérias más. Este equilíbrio é fundamental para que a nossa flora intestinal funcione bem e para que nos sintamos bem.

E porquê?

As bactérias benéficas são responsáveis por produzir vitamina B12, k2 e ácido butírico; afastaros micróbios patogénicos que causam inflamação; criar enzimas que destroem as bactérias toxicas; e estimular a secreção de células que suportam o sistema imunitário (70 a 80% do nosso sistema imunitário está localizado no sistema digestivo).

Os probióticos atuam como a principal barreira para a eliminação de micro-organismos patogénicos que possam alojar-se devido ao consumo de certos alimentos e ao estilo de vida.

Os probióticos são alimentos extremamente benéficos por reduzir a inflamação, promover a digestão, manter uma pele bonita e melhorar a imunidade.

Mas será tão simples assim?

Pode ser. No entanto, é de realçar que os probióticos não são alimentos milagrosos. Na verdade, para que possamos obter todos estes benefícios, devemos seguir hábitos alimentares e de vida saudáveis.

Para que os probióticos consigam sobreviver no nosso organismo e dar aquilo que têm de melhor, temos também que alimentá-los, e alimentá-los o melhor possível.

Os probióticos, sendo micro-organismos vivos, necessitam de ser alimentados por alimentos com elevado valor nutritivo, como legumes e frutas frescas e biológicas, repletas de vitaminas, minerais e especialmente, fibra. Estes são os chamados ‘prebióticos’, que tal como o nome indica, é aquilo que deve ser consumido antes dos probióticos. Estes alimentos -frutas, vegetais, alimentos e cereais integrais, a aveia, o trigo, a banana, a cevada, a cebola, o tomate, o alho, os espargos, as leguminosas, a chia, etc. – Alimentos ricos em fibra, não sendo

digeríveis pelos sucos gástricos, vão chegar intactos aos intestinos e aí serão decompostos pelas bactérias boas.

Ter a preocupação de ter uma alimentação rica em prebióticos é fundamental para prevenir doenças como o cancro, a obesidade, a osteoporose, doenças inflamatórias e intestinais, entre outras. Estes alimentam as células intestinais e evitando infeções derivadas das bactérias patogénicas.

Isto significa que os probióticos e os prebióticos andam sempre lado a lado e não adianta consumir alimentos probióticos se não incluirmos uma alimentação equilibrada na nossa rotina. Estas simbiose pode melhorar não só o nosso bem-estar físico como o nosso bem-estar emocional.

Poderão os probióticos em interação com os prebióticos influenciar a mente?

Sim, sem dúvida. Falamos do intestino como segundo cérebro sendo que ambos estão intimamente interligados. O nosso intestino é constituído por mais 100 milhões de neurónios e 95% de serotonina é produzida no intestino. O nosso intestino não é um órgão pensante, não é capaz de escrever poesia nem de fazer cálculos. Mas muitos estudos consideram que o intestino tem a capacidade de influenciar o nosso estado de espírito. É esta rede de neurónios presente na nossa microbiota que causa a sensação de borboletas no estômago ou de frio na barriga em resposta a sensações psicológicas de stress ou ansiedade.

Para além das bactérias intestinais auxiliarem na digestão e em lutar contra vírus e toxinas, também têm a capacidade de comunicar com neuro transmissores, e assim influenciar a forma como nos sentimos.

Como podemos rejuvenescer a nossa flora intestinal?

Para que a nossa comunidade microbiana esteja revitalizada e protegida devemos adotar certos hábitos de vida na nossa rotina:

um dos probióticos, mel
Foto DR

1- Ponderar o consumo de antibióticos.

2- Consumir prebióticos.

3- Evitar o consumo de açúcar.

4- Ter uma alimentação variada.

5- Consumir probióticos e alimentos fermentados.

6- Sujar-se (literalmente) e respirar ar puro.

7- Espalhar afeto.

 

Teresa Belo – licenciada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial e formada em

Alimentação Holística (pelo Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa) e em Nutrition and

Lifestyle Coaching (pelo Institute of Health Sciences, de Dublin)

Instagram: @beslow.living

Facebook: https://www.facebook.com/beslowliving

Contacto: 927699266

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Teresa Santos Belo
Teresa Santos Belo
Escreve artigos sobre diversas temáticas para o jornal ORegiões.

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